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Zema defende aumentar o próprio salário em 300%; entenda

Zema defende aumentar o próprio salário – Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) defendeu o projeto de lei que multiplica seu próprio salário por quatro, ou seja, aumento de cerca de 300%.

Os rendimentos de seu vice e secretários de Estado também aumentarão com a proposta, mas numa proporção um pouco menor. 

30% da campanha de Zema foi bancada por sócios da Localiza

Segundo argumentou, os salários estão congelados há mais de 15 anos, e a medida é necessária para “manter os mais competentes nos quadros técnicos”. Por lei, ele não pode aumentar os salários de seus secretários sem fazer o mesmo com o seu. 

O projeto foi apresentado pela Assembleia Legislativa de Minas a pedido de Zema, conforme ele mesmo contou, e prevê que o salário do governador passe de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil até fevereiro de 2025.  

Antes disso, seria aumentado para R$ 37,5 mil a partir de 1º de abril, e R$ 39,7 mil em fevereiro de 2024. 

“Para Minas continuar avançando, é preciso atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos. São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos secretários estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço à ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema”, escreveu em seu Twitter. 

Já o vice-governador passaria a receber R$ 37,6 mil em 2025. De acordo com o Portal da Transparência de Minas, ele recebe R$ 11,5 mil atualmente e, além de vice, exerce a função de secretário de governo. 

Uma emenda aprovada em 2003 proíbe que os salários de secretários e demais ocupantes de cargos e empregos públicos sejam maiores que o do chefe do Executivo, que, no caso dos estados, é o governador.  

A mesma emenda limita os vencimentos de qualquer servidor público ao teto pelos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ou seja, nem mesmo governadores ou o presidente da República podem receber mais que um ministro do STF. 

Zema chegou a registrar um documento em cartório em que se comprometia a não receber salário até que todos os servidores públicos com salários atrasados estivessem com a remuneração em dia. 

Porém, a lei 16.658/2007 não permite que o governador abra mão de seus vencimentos. Ele, então, prometeu doar os valores. 

“Eu disse que não ia receber salário. Ele até cai na minha conta e algumas horas ou dias depois está sendo doado para entidades. Continuo não fazendo uso de nenhuma remuneração do estado”, afirmou ao portal Estado de Minas. 

Quando questionado para quais instituições havia doado, ele não revelou os nomes das beneficiadas, mas disse que um dos destinos era a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). 

Oposição aponta hipocrisia 

A postura de Zema foi criticada nas redes por políticos da oposição, que apontaram hipocrisia entre diferentes ações e posicionamentos do governador e de seu partido, o Novo. 

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) escreveu: 

“O partido ‘Novo’ votou contra o piso salarial da enfermagem. O governador de Minas, do partido ‘Novo’, se recusa a pagar o piso salarial dos professores. Esse mesmo governador pediu à Assembleia Legislativa de MG um reajuste de 298% do próprio salário. Haja cara de pau.” 

(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução)

Por Redação

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