54 anos da morte de Che – Hoje completam 54 anos que Ernesto Che Guevara saiu da vida para entrar na história da humanidade e principalmente, para os povos latino-americanos.
Jovem médico de classe média recém-formado, o franzino Ernesto deixou a casa dos pais na Argentina para fazer uma viagem pela América do Sul.
Mal sabia aquele rapaz que seria uma viagem sem volta. Na mente e no coração.
Ao se afastar de seus privilégios, Che fez um ‘mochilão’ pelo continente e viu de perto, de perto até demais, a miséria e o abandono os quais eram – e ainda hoje são – impostos à maioria do povo latino.
Ali nascia o Comandante que iria marcar a história do mundo.
A incansável luta por liberdade e justiça de Guevara até hoje inspira jovens pelo mundo todo que não desistem de sonhar com uma sociedade menos desigual e com o fim da opressão imperialista aos povos de todo o globo.
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Após ser protagonista da Revolução Cubana ao lado de Fidel Castro e Camilo Sinfuegos, o ‘doutor’ rejeitou a ‘calmaria’ do poder e partiu com o sonho de ajudar outros povos a se libertarem. Um deles foi o povo angolano. Que ao lado de Ernesto, conseguiu sua independência.
Após retornar como herói à Cuba, o revolucionário sul-americano se recusou a ‘descansar’, obstinado que era em ajudar a libertar sua ‘casa’, a América do Sul.
E foi por isso que Ernesto Che Guevara foi assassinado no dia 09 de outubro de 1967 nas matas da Bolívia por agentes da CIA, após centenas de tentativas frustradas da agência semi-terrorista oficial dos EUA.
Curiosamente, mas não coincidentemente, este que vos escreve nasceu no exato mesmo dia que Che. 14 de junho. Somos muitos os que foram inspirados pela sua luta revolucionária.
Não seja tonto, eu não estou defendendo uma revolução armada em pleno século XXI, tampouco escrevo estas palavras em relação aos eventuais erros, equívocos e contradições, seja da Revolução de 59, seja do próprio Guevara. Escrevo pois somos nós os corpos que hoje tremem perante uma injustiça cometida em qualquer lugar do mundo e sim, nisso nós seremos sempre companheiros, irmão Che.
O que vive em nós é a intransigente do povo trabalhador e seu direito dado por Deus de ser livre.
Não desistiremos de lutar por uma educação pública emancipadora. Não recuaremos em exigir uma saúde pública digna para todos. ´
É claro que a ‘luta’ mudou de 1959 pra cá e no meu caso, a travo no campo democrático ao lado de muitos irmãos e irmãs, inspirados e liderados pelo Socialismo Democrático e Moreno de que tanto falavam Leonel Brizola e Darcy Ribeiro.
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“Viva Brizola, Viva Che, Viva a Juventude Socialista PDT”, grita frequentemente nas ruas o movimento estudantil do partido fundado por Leonel.
Em 2016, realizei um sonho de adolescente: conhecer a Ilha mais amada e odiada do mundo. Uma Ilha que resiste à propaganda e ameaça do Império há mais de 50 anos.
Confesso que fui à Cuba com o objetivo de ver de perto a coisa, de conversar com o povo nas ruas o máximo possível e nos poucos dias que pude ficar, tentar entender e compreender ao máximo a história e luta do povo cubano olhando no olho de quem tava lá ou claro, dos ‘filhos da Revolução’.
Não irei me estender sobre essa experiência que me transformou profundamente, por dentro e por fora.
Mas isto vou dizer: fui à Cuba para colocar em xeque dentro de mim as supostas convicções que tinha sobre o Socialismo Cubano.
Mas sem cair em ilusões de perfeições impossíveis, digo a estes que chegaram até aqui: voltei um socialista mais convicto do que o que embarcou.
Queremos um Brasil em que todas as crianças estudem e – como me marcou na Ilha – que nenhuma delas ande descalças pelas ruas.
Lutaremos incansavelmente por um país onde todos tenham um lar.
Não arredaremos o pé em exigir que nosso povo não morra nas ruas sem direito à um hospital decente.
E em nome disso, não abaixaremos nossas cabeças, muito menos abriremos mãos de nossos heróis que nos inspiraram e inspiram não só pela luta e liderança, mas sobretudo pelo exemplo. Lutaremos, mas sem jamais perder a ternura.
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“Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
“¡Hasta siempre Comandante!”
Por Thiago Manga, jornalista, assessor político, já atuou em campanhas eleitorais.
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.
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