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Renuncia à defesa – A advogada Karina Kufa, que também defende o ex-presidente Jair Bolsonaro em parte de seus processos legais, anunciou que não mais representará a deputada federal Carla Zambelli, do mesmo partido político (PL-SP). A renúncia de Kufa ocorre devido à “inviabilidade financeira” enfrentada pela cliente diante da quantidade de demandas judiciais, que aumentaram consideravelmente desde que seu escritório assumiu a defesa.
Escritório de Kufa atuava em mais de 40 processos contra Zambelli
O escritório de Karina Kufa estava envolvido em mais de 40 processos movidos contra a deputada Carla Zambelli, abrangendo as áreas cível, eleitoral e penal. Além desses casos, o escritório também estava envolvido em cerca de 20 ações iniciadas pela própria deputada.
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem pelo menos quatro Aijes (ação de investigação judicial eleitoral) que têm Carla Zambelli como uma das partes envolvidas. Caso seja condenada, a deputada poderá ter seu mandato cassado e ficar inelegível por oito anos, a partir das eleições de 2022.
Zambelli busca novo advogado para sua defesa
Carla Zambelli informou, por meio de sua assessoria, que ainda não decidiu quem será seu novo advogado e que está em contato com alguns profissionais para assumirem sua defesa.
Apesar disso, no processo específico relacionado à perseguição armada, Carla continua sob a defesa do mesmo adovgado. No processo, a deputada é acusada de perseguir um homem com arma em punho na véspera do segundo turno das eleições. A defesa está sendo conduzida pelo advogado Daniel Leon Bialski, e deputada alega que agiu em legítima defesa e que foi vítima de um agressor.
Além das ações que podem levar à sua cassação e inelegibilidade, Carla Zambelli também é alvo de representações por propaganda eleitoral irregular. Durante o mês de maio, ela foi condenada em pelo menos duas dessas ações.
Restrições nas redes sociais e possibilidade de prisão
Após o segundo turno das eleições, as redes sociais de Zambelli foram suspensas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Embora tenham sido desbloqueadas posteriormente, a deputada está sujeita a uma multa de R$ 20 mil em caso de publicações “instigadoras ou incentivadoras de golpe militar, atentatórias à Justiça Eleitoral e ao Estado democrático”. Além disso, a Procuradoria-Geral da República recebeu uma denúncia contra Zambelli e há a possibilidade de ela ser presa.
(Com informações da Folha de SP)
(Foto: Reprodução)