Share This Article
Alexandre Pires é alvo de busca e apreensão da PF – Nesta segunda-feira (04), o cantor Alexandre Pires foi alvo de um mandado de busca e apreensão, durante operação da Polícia Federal (PF) contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi. De acordo com os investigadores, o artista teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada.
O inquérito afirma que o esquema contaria com a participação de um empresário do ramo musical, de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes. Foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.
A diligência foi cumprida em um cruzeiro onde o cantor se apresentava, no litoral de Santos. A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo O Globo. Procurada, a assessoria de imprensa do músico não retornou os contatos.
Ex-humorista de Hermes e Renato, Gil Brother Away morre aos 66 anos
“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, informou a PF, em nota.
Segundo a PF, o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra indígena, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba, no Pará.
O minério então seria supostamente transportado para Roraima para tratamento, mas as investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.
A operação ‘Disco de Ouro’ é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Ianomâmi – que se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada – estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.
Foram cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos, Santarém, Uberlândia e Itapema. As investigações seguem em andamento.
(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução)