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General é alvo de operação da PF – General do Exército e Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Carlos Alberto Mansur foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada contra um suposto esquema de extorsão e corrupção que envolvia a cúpula da pasta estadual.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) afirma que viaturas da Segurança Pública do Amazonas foram usadas para extorsão de líderes de quadrilhas de tráfico de drogas.
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Policiais ligados à cúpula da secretaria usariam informações privilegiadas – fruto de investigações – para roubar drogas e dinheiro de grupos criminosos e lucrar em vez de combater a criminalidade, de acordo com a investigação.
Outros cinco membros da cúpula da SSP-AM foram alvo da operação: dois capitães do Exército, um delegado da Polícia Civil, um coronel e Victor Mansur, filho do secretário de segurança e que é suspeito de ter envolvimento em roubos de carregamento de ouro e pagamentos de propinas.
Victor Mansur chefiou o Núcleo Especial de Operações de Trânsito (Neot), órgão ligado à secretaria comandada pelo pai. Agentes da PF cumpriram um mandado de busca contra o filho do general.
General exonerado
No total, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, sendo um deles contra o próprio Carlos Alberto Mansur, que chegou a ser preso por porte ilegal de arma, sendo liberado após pagar fiança.
Diante da repercussão do caso, o general foi exonerado pelo governador Wilson Lima (União Brasil), assim como os demais ocupantes de cargos de confiança citados pela PF.
Carlos Alberto Mansur é um general de três estrelas que iniciou a carreira militar em 1977, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Se tornou aspirante a oficial da Arma de Artilharia em 1983 e classificado no 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, sediado em Curitiba (PR).
O general foi adido militar de defesa naval, do Exército e da Aeronáutica na China, Coréia do Sul e Vietnã, além de ter ocupado o cargo de vice-chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército. O militar também passou pelo alto escalão do Exército Brasileiro, comandando diversas unidades militares.
No comando da 12ª Região Militar, criou vínculos políticos em Amazonas e em 2021, após passar à reserva, foi convidado a assumir a Secretaria da Segurança Pública do estado.
Investigação militar
Em janeiro, o Ministério Público Militar do Amazonas abriu uma investigação para apurar possível crime do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus.
A investigação tomava como ofícios do governo estadual que relatavam a atuação do Exército em um acampamento – que pedia intervenção militar e a derrubada do governo de Lula – que foi desmontado em frente ao quartel do CMA em 9 de janeiro.
Segundo os documentos, no dia da operação, o CMA guardou pertences dos acampados, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e negociou individualmente, dentro do quartel, com lideranças do movimento local.
Um dos documentos teria sido assinado justamente pelo general Mansur.
(Com informações de O Tempo e Estadão)
(Foto: Divulgação/ALE-RR)