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Petrobras quer voltar a distribuir combustível – A Petrobras está em negociações para reingressar no setor de distribuição de combustíveis por meio de uma participação na Vibra (antiga BR Distribuidora), vendida pela estatal durante o governo de Jair Bolsonaro. As conversas, ainda em estágio inicial, ganharam força após esfriamento nas negociações entre a Vibra e a Eneva.
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A estatal estuda adquirir uma participação que pode variar entre 20% e 40% na Vibra, buscando também uma golden share que permitiria controle sobre o uso da marca BR. A iniciativa marca uma possível mudança estratégica para a Petrobras, que, apesar de voltar ao mercado de distribuição, manteria a Vibra como uma empresa privada para assegurar competitividade.
Paralelamente, a Petrobras discute a possibilidade de vender combustíveis diretamente para empresas com grandes frotas, como as de ônibus. A ideia foi indicada pela estatal em janeiro, quando anunciou não ter interesse em estender o atual contrato de licença de uso de marcas.
No âmbito da ampliação de suas operações, a Petrobras também está avançando nas negociações para recomprar a refinaria de Mataripe, na Bahia, da Mubadala Capital. As conversas indicam que a estatal poderá deter entre 70% e 80% das ações da refinaria, aguardando a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A retomada das operações na refinaria e a reentrada no setor de distribuição alinham-se aos objetivos estratégicos da Petrobras de fortalecer sua presença no mercado de energia e combustíveis. A empresa avalia ainda parcerias em uma futura biorrefinaria de Macaúba, prevista para começar a produção em 2026, consolidando seu investimento em alternativas energéticas sustentáveis.
Este conjunto de movimentações da Petrobras reflete uma revisão de sua política de desinvestimentos e um reforço em suas operações no Brasil, seguindo o novo cenário político e econômico do país.
Procuradas, as empresas Petrobras, Vibra e Mubadala Capital não comentaram sobre as negociações em andamento.
(Com informações de O Globo)
(Foto: Reprodução)