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Ataque terrorista no Afeganistão deixa dezenas de mortos

Ataque terrorista no Afeganistão Folha de S. Paulo – Um ataque terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) em uma mesquita xiita na cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão, durante as orações desta sexta (15) —dia sagrado para os muçulmanos—, deixou ao menos 35 mortos e mais de 70 feridos.

O número oficial de óbitos, porém, pode ser maior, já que os serviços de emergência da região continuam socorrendo as vítimas. Um líder local contou pelo menos 47 mortes, segundo a agência Associated Press.

Testemunhas relataram ao menos três explosões na mesquita, cada uma delas em uma área diferente do prédio. Um oficial do grupo extremista Talibã, que controla o país, confirmou a ação de homens-bomba.

O EI assumiu a autoria do ataque horas depois, por meio de um comunicado divulgado pela agência de notícias Amaq, ligada ao grupo terrorista. No texto, o EI afirma que dois combatentes do grupo mataram os guardas da mesquita, invadiram o espaço e se explodiram entre dois grupos de fiéis.

O incidente ocorre uma semana depois de outro atentado terrorista orquestrado pelo EI, também em uma mesquita xiita em Kunduz, no norte do país. Na ocasião, ao menos 55 pessoas morreram, mas as estimativas variam, e o número de mortos pode ter passado de 80.

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Assim, forças especiais do Talibã foram deslocadas ao local da explosão. Segundo o ministro do Interior afegão, Qari Sayed Khosti, o intuito era “determinar a natureza do incidente e levar os responsáveis ​​à Justiça”. Em uma publicação no Twitter, Khosti se referiu às vítimas como “mártires”.

O porta-voz do regime, Zabihullah Mujahid, disse que as forças de segurança receberam ordens de capturar os mentores do ataque e levá-los à Justiça de acordo com a lei islâmica. No mês passado, os talibãs reintroduziram um dos símbolos do seu primeiro governo no país, de 1996 a 2001: execuções e amputação de membros de criminosos.

O atentado expõe as incertezas acerca da segurança do país e coloca em xeque as declarações do Talibã, que alega ter trazido paz ao Afeganistão após quatro décadas de conflitos. Os talibãs têm minimizado a ameaça do Estado Islâmico, embora o braço local do grupo, conhecido como El-Khorasan, tenha intensificado os ataques desde a tomada de Cabul, há dois meses.

Desde que voltaram ao poder, os fundamentalistas islâmicos buscam reconhecimento internacional e ajuda estrangeira para prevenir um desastre humanitário e aliviar a crise econômica do Afeganistão.

Nesta semana, a União Europeia anunciou um pacote de apoio de aproximadamente 1 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões) para Cabul, mas com importantes ressalvas de que a ajuda será destinada ao povo afegão, não ao Talibã —o regime radical segue sem ser reconhecido oficialmente por nenhuma nação.

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Os talibãs, entretanto, devem se reunir com os russos em Moscou na próxima quarta-feira (20). Na véspera, enviados da Rússia, dos EUA, do Paquistão e da China também têm encontro marcado na capital russa para buscar uma posição unificada sobre a situação afegã.

Um consenso, no entanto, é considerado improvável devido às divergências de interesses, principalmente entre Washington e Pequim, que são, respectivamente, o principal adversário e o principal aliado do Talibã.

Internamente, o fato de a minoria xiita ter sido novamente alvo de um ataque terrorista no Afeganistão também pode inflamar as tensões entre os diferentes grupos étnicos e sectários no país de maioria sunita. O próprio Talibã tem histórico de perseguição contra xiitas —que somam cerca de 10% do total da população—, mas, ao assumir o poder, prometeu proteger a todos.

A origem da divisão entre as duas grandes correntes do islamismo remonta à morte de Maomé, em 632.

Como o profeta não deixou herdeiros, os dois grupos discordam sobre quem deveria ter dado continuidade a sua liderança: sunitas preferiam que o líder da comunidade fosse escolhido entre seus seguidores, enquanto xiitas defendiam alguém com laços de sangue com Maomé —especificamente Ali, seu primo e genro. Os sunitas venceram a disputa e elegeram Abu Bakr, primeiro califa do islã.

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A predominância dos sunitas nas dinastias posteriores do império islâmico levou xiitas a se identificarem permanentemente como oposição ao poder estabelecido, também fixando posição minoritária na comunidade muçulmana. Hoje, sunitas se concentram em países como Afeganistão, Arábia Saudita, Egito e Síria. Os xiitas, por sua vez, têm presença mais forte no Irã e no Iraque.

Em 3 de outubro, um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico, também próximo a uma mesquita em Cabul, deixou ao menos cinco mortos e 11 feridos. O local abrigava, no momento da explosão, uma cerimônia em memória à mãe de Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã.

Em setembro, a capital da província de Nangarhar, Jalalabad, foi palco de cinco explosões que deixaram três mortos e 20 feridos. A cidade é um reduto da filial afegã do Estado Islâmico.

O EI-Khorasan também reivindicou a autoria de um ataque no aeroporto de Cabul, em 26 de agosto, que matou mais de 170 afegãos e 13 militares americanos. O atentado se deu em meio à retirada das tropas ocidentais do país, quando civis se aglomeravam no entorno do terminal para tentar deixar o Afeganistão.

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Por Redação

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