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Atos contra Reforma da Previdência na França – Um milhão de pessoas foram às ruas da França, nesta quinta-feira (23), para protestar contra a reforma da Previdência e contra o presidente Emmanuel Macron.
Segundo estimativa do Ministério do Interior francês, a maioria dos manifestantes são jovens.
É o primeiro ato convocado desde que Macron decretou a reforma sem submetê-la à votação dos deputados, ato considerado “autoritário” inclusive por aliados.
Manifestantes também queimaram pilhas de destroços para bloquear o tráfego de uma rodovia que dá acesso ao Aeroporto Charles de Gaulle.
FRANÇA EM CHAMAS 🔥
Mais um de um milhão de pessoas protestaram nas ruas da França nesta quinta-feira (23) contra uma Reforma da Previdência decretada por Macron sem ter sido votada pelos deputados franceses.
Inúmeras barricadas foram feitas próximas aos aeroportos de Paris. pic.twitter.com/NGksoZk9lT
— BRI – Brasil Independente 📰🇧🇷 (@obrindependente) March 23, 2023
Cerca de 80 manifestantes foram detidos e 123 policiais ficaram feridos, disse Gérard Darmani, ministro do Interior.
Autoridades francesas estimam que foram mais de 200 protestos em todo o país nesta quinta. Em alguns pontos, manifestantes impediam a circulação de trens.
Resposta à Macron
Os protestos contra a Reforma da Previdência de Macron ganharam força após o presidente afirmar que os manifestantes não tinham legitimidade, comparando os protestos aos atos golpistas de 8 de janeiro no Brasil e à invasão do Capitólio dos EUA
O presidente insiste no decreto que aumenta a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos.
Mais cedo, funcionários bloquearam um dos acessos ao Charles de Gaulle, principal aeroporto da França, localizado na capital, Paris. Alguns voos foram cancelados.
Os controladores aéreos também estão em greve, o que levou ao cancelamento de 20% a 30% dos voos previstos para hoje e amanhã, principalmente em trajetos mais curtos.
A Direção da Aviação Civil pediu aos passageiros que adiem as viagens se for possível e se “informem sobre a situação dos voos” antes do embarque.
“Não temos escolha a não ser a greve e bloquear a economia até que Macron ceda e retire o seu projeto” – Fabrice Criquet, secretário-geral do sindicato Força Operária dos Aeroportos de Paris.
(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução)