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Aval de Lula a Boulos – Em reunião com a Executiva do PT municipal de São Paulo na semana passada, Guilherme Boulos (PSOL-SP) ouviu que a chancela do presidente Lula ao seu nome na disputa pela prefeitura da capital paulista não garante que o partido vá embarcar na sua candidatura.
Boulos disputou uma vaga na Câmara dos Deputados após o PSOL abrir mão de lançar candidatura à presidência e ao governo de São Paulo para apoiar Lula e Fernando Haddad, em troca do apoio do PT nas eleições municipais de 2024.
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No entanto, boatos e até mesmo falas públicas de líderes do PT de São Paulo demonstram que o trato corre risco de não ser mantido até lá. Por exemplo, Jilmar Tatto falou ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, que não havia compromisso nesse sentido.
Agora, a coluna Painel da Folha de S.Paulo informou que os membros da executiva municipal disseram a Boulos que ele precisará conquistar a militância e lideranças locais, percorrendo os diretórios zonais do PT e fazer reuniões com as bases do partido. O deputado concordou em fazer a “turnê”.
Na reunião, os petistas deram exemplos históricos de como o aval de Lula é insuficiente para garantir apoio da militância na capital: em 1988, Lula apoiou Plínio de Arruda Sampaio e, em 1996, Aloizio Mercadante para a prefeitura.
A militância, no entanto, preferiu Luiza Erundina, que acabou concorrendo pelo PT nas duas ocasiões. O recado dado foi: o candidato do PT será quem a militância quiser.
Sem divisão
Boulos disse que buscará as bases e quer ir com o PT inteiro ao seu lado nas eleições, o que foi entendido como um recado à família Tatto, que hoje tem Nilto e Jilmar na Câmara dos Deputados, Ênio Tatto na Assembleia Legislativa de SP e Jair Tatto na Câmara dos Vereadores da capital paulista.
Jilmar Tatto foi o candidato do PT à prefeitura paulistana em 2020 e tem demonstrado interesse em concorrer novamente, e aposta no apoio das bases para isso.
Segundo o presidente do PT paulistano, Laércio Ribeiro, o partido deve fazer as discussões sobre definição de candidato até junho. “Nossa prioridade neste momento é arregimentar a tropa. Depois teremos todas as etapas da campanha”, disse.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)