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Banqueiro detona rombo nas Americanas: ‘Fraude de quadrilha’

Banqueiro detona rombo nas Americanas – O caso do rombo nas Americanas gerou incertezas para além da varejista e levou o mercado a questionar a saúde de outras grandes empresas.

A crise na gigante varejista devem gerar mais de 40 mil demissões no país, estimam entidades ligadas aos trabalhadores.

Para o presidente do banco de investimento BR Partners, Ricardo Lacerda, há um sinal de deterioração no balanço das empresas, mas nada se compara à situação das Americanas. 

“A empresa arquitetou uma fraude colossal, a maior da história do Brasil, claramente perpetrada por uma quadrilha que agia de forma uníssona”, afirmou em entrevista à Folha. 

Contratado nesta semana para renegociar as dívidas da rede de lojas Marisa, que deve cerca de R$ 600 milhões, ele conta que, apesar das dificuldades, vê um setor de varejo com empresas “muito fortes e saudáveis”. 

“Algumas podem, sim, estar queimando caixa, mas têm caixa para queimar. A única operação que mostrou que não para em pé até agora no varejo é a da Americanas”, afirma. 

Um dos grandes “vilões” da crise generalizada, avalia o executivo, é a alta taxa de juros no país. 

“Em grande parte, o balanço das empresas permanece muito saudável nos diferentes setores, sendo capaz de absorver esse choque de juros observado desde a pandemia –quando a Selic saltou de 2% para 14%”, diz. 

Oportunidade na crise 

Para negócios como o de Lacerda, especializado em renegociar dívidas e assessoria de fusões e aquisições, a crise no varejo vira sinônimo de oportunidade. 

Além do contrato que já firmou com a Marisa, no ano passado a BR Partners registrou lucro líquido de R$ 147,1 milhões, uma alta de 6% em relação a 2021. A expectativa é de um resultado ainda melhor em 2023. 

Isso porque uma das saídas para o varejo neste cenário é justamente o processo de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Segundo Lacerda, as transações M&A caíram em 2022 por condições negativas de mercado, mas devem ganhar destaque este ano.

“Existe um ritmo intenso de conversas e interesse em dar seguimento a essas negociações. Vamos ter um cenário bastante dinâmico nos próximos 12 meses”, afirma. 

Lula e o BC

Apesar de apontar a alta taxa de juros como um grande inimigo do varejo, Lacerda avalia que o presidente Lula está tendo uma postura menos pragmática que o esperado pelo mercado.

Com autonomia para agir, é o Banco Central quem define a Selic, a taxa básica de juros no país.

“Esse tipo de coisa, de combater a independência do Banco Central, não estava no radar de ninguém”, diz ele, lembrando que as declarações impactam diretamente a cotação do dólar.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

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