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Bolsonaro está com medo de perder – A jornalista Thaís Oyama publicou em sua coluna no portal UOL, que segundo suas apurações dentro do círculo interno do presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), o mandatário estaria com medo de perder as eleições marcadas para outubro deste ano e também do efeito disso sobre os inúmeros inquéritos que enfrenta na justiça.
Segundo a jornalista, pesquisas encomendadas dentro do próprio Palácio do Planalto apontam para um desfecho desfavorável ao presidente nas próximas eleições.
A jornalista segue apontando as preocupações que surgem no presidente diante do cenário:
Ocorre que, para Bolsonaro, perder as eleições não significa apenas ser obrigado a entregar a faixa presidencial —eventualmente, ao seu pior inimigo. Do ponto de vista pessoal, significa expor-se ao escrutínio da lei em condição muito mais vulnerável.
O presidente é investigado em quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal: por suspeita de interferência na Polícia Federal; pela acusação de atacar as urnas eletrônicas divulgando falsas informações; por supostamente vazar dados de inquérito sigiloso na PF; e divulgar notícia falsa relacionando as vacinas contra covid com a contaminação por HIV.
Caso esses inquéritos sejam concluídos até o final do seu mandato e a Procuradoria-Geral da República oferecer denúncia contra Bolsonaro, duas hipóteses pouco prováveis, eles continuarão seu curso no STF, mediante eventual autorização da Câmara dos Deputados.
Do contrário, se permanecerem em aberto até o fim do ano e Bolsonaro perder a eleição, as investigações contra o ex-capitão poderão seguir no Supremo apenas se houver conexão com outros investigados que detenham foro por prerrogativa de função. Senão, passarão à responsabilidade de instâncias ordinárias da Justiça, dado que a prerrogativa do foro privilegiado só vale enquanto o investigado estiver no poder.
Fica difícil imaginar que situação seria pior para o hipotético ex-presidente: ser processado por uma Corte que ele atacou durante todo o seu mandato ou ir parar nas mãos de aleatórios magistrados de primeira instância sem o manto do poder.
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