Bolsonaro ‘interviu’ para reiniciar Brasil x Argentina – Jornal de maior circulação na Argentina, o Clarín publicou uma matéria na noite desde domingo (05) em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro tentou intervir pessoalmente em meio à confusão ocorrida no jogo entre Brasil x Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, que estava sendo realizada na arena do Corinthians em São Paulo.
Bolsonaro teria tentado convencer autoridades e reiniciar o jogo, que foi interrompido após agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) invadirem o campo para retirar atletas argentinos acusados de mentir às autoridades brasileiras em questionários sanitários de preenchimento obrigatório para pessoas que chega no Brasil vindo do exterior.
Tais medidas fazem parte da política da Anvisa de combate à pandemia de covid-19.
O jornal Clarín afirma ainda que apesar dos esforços, o presidente brasileiro fracassou na tentativa de impor sua vontade, o que representaria uma interferência política direta sobre questões sanitárias de caráter técnico as quais a Anvisa detêm suposta independência e autoridade.
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Leia abaixo a matéria publicada originalmente em espanhol pelo jornal argentino Clarín, traduzida para o português abaixo:
“O escandaloso clássico entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias sul-americanas alcançou as mais altas esferas da política dos dois países. Jair Bolsonaro interveio pessoalmente em meio à confusão e tentou, sem sucesso, reiniciar a partida. Enquanto isso, o embaixador Daniel Scioli acompanhou o time argentino e interveio antes da tentativa local de marcar minutos para os jogadores.
Quase cinco minutos de jogo se passaram no estádio San Pablo. Após rumores e denúncias, dirigentes de uma organização de saúde brasileira foram a campo para avisar que quatro jogadores da Albiceleste que atuam na Premier League não puderam participar da partida.
A explicação da Anvisa – entidade local de saúde – foi que Emiliano Martínez, Cristian Romero, Gio Lo Celso e Emiliano Buendía tiveram que cumprir uma quarentena após entrar no Brasil, medida que atinge quem chega do Reino Unido.
A seleção argentina – que antes da partida contava com o apoio da Conmebol – retirou-se para o vestiário, numa imagem que percorreu o mundo e que ficará na memória.
Imagem também seguida de perto por Jair Bolsonaro. Estupefato com o que viu, o presidente do Brasil se comunicou pessoalmente com a Confederação Brasileira de Futebol.
Segundo fontes diplomáticas informaram o Clarín, ele buscou garantir que os jogadores argentinos não teriam problemas.
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Assim, procurou retomar a ação dentro de campo. No entanto, o seu apelo surgiu quando os jogadores argentinos já se encontravam nos vestiários, com o jogo suspenso, e a comunicação não foi bem sucedida.
Quem ficou longe do tom conciliador do presidente foi o próprio filho. Flavio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, atirou com munição grossa contra a Seleção Argentina.
‘Os argentinos pregaram peças. Eles sabiam que estavam infringindo a lei brasileira, impediram a Anvisa de notá-los e, à força, incluíram os 4 [jogadores] da Inglaterra’, disse Flavio Bolsonaro. Além disso, ele exigiu duras sanções contra a seleção comandada por Lionel Scaloni.
‘A Polícia Federal tem que investigar quem não tomou providências antes do jogo e a Argentina deve ser punida severamente’, concluiu o filho do presidente, longe da tentativa do pai de evitar o papel.
Minutos depois, ele foi novamente ácido sobre a rivalidade Brasil-Argentina. ‘Pelé é maior que Maradona!Brasil pentacampeão mundial!’, Respondeu ele a um torcedor argentino na rede social. Intervenção de Scioli Não apenas o governo brasileiro interveio no escândalo. O mesmo fez o governo argentino, por meio do embaixador no Brasil, Daniel Scioli, que na anterior havia se retratado na tribuna, com o campo de jogo ao fundo.
O ex-governador de Buenos Aires, que havia se mostrado em suas redes presentes no estádio, desceu aos vestiários quando soube que estavam preparando atas para os jogadores da seleção nacional.
Da Casa Rosada eles analisam como continua a situação no estádio paulista Neo Química Arena.
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Scioli também acompanha a delegação ao aeroporto, para garantir que não haja novos problemas na saída dos jogadores, devido a rumores de deportações ou ações contra eles.
Não foi a única pessoa do governo argentino que se manifestou nos momentos de maior tensão. O mesmo fez Florencia Carignano, diretora nacional de Migrações.
“Todas as pessoas que entram em um país, incluindo jogadores de futebol, ao apresentarem seus passaportes às autoridades de imigração, têm as ferramentas para rastrear sua origem”, disse a autoridade em sua conta no Twitter.
Nessa rede social, responsabilizou as autoridades brasileiras e semeou dúvidas sobre uma suposta “encenação” orquestrada por autoridades locais.
‘Se o Brasil considerasse o país de origem dos jogadores argentinos uma zona de risco, além do protocolo estabelecido pela FIFA, poderia ter agido na hora de entrar em seu território’, acrescentou Carignano.
E fechou, sem cerimônia: ‘Esperar três dias e entrar em campo suspendendo um jogo parece mais uma encenação do que uma medida sanitária’.”
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