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Bolsonaro propôs golpe às Forças Armadas – Em depoimento à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para discutir detalhes de um plano de golpe para impedir a posse de Lula (PT) e se manter no poder.
O encontro teria ocorrido quando Bolsonaro ainda estava na presidência, após as eleições do ano passado. As informações foram reveladas na madrugada desta quinta-feira (21) pelos jornalistas Bela Megale, no jornal O Globo, e Aguirre Talento, no UOL.
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Segundo fontes, Cid detalhou à PF duas situações comprometedoras para o ex-presidente. Em uma delas, cita que Bolsonaro recebeu em mãos uma minuta golpista. Em outro momento, o ex-ajudante de ordens relata uma reunião com a cúpula militar.
No encontro, as Forças Armadas teriam sido consultadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.
Marinha ‘topou’
Segundo Mauro Cid, a resposta da cúpula da Marinha foi de que as tropas estavam prontas para agir, apenas aguardando uma ordem de Bolsonaro. Já o comando do Exército não teria aceitado o plano golpista.
O depoimento sobre o plano golpista e minuta do golpe é um dos pontos analisados na delação premiada fechada por Mauro Cid com a Polícia Federal.
O tema é tratado com cautela e sigilo., visto que para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas.
Em nota, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse que não confirma o conteúdo da delação por se tratar de assunto sigiloso. Exército, Marinha e Aeronáutica também não responderam aos questionamentos da imprensa, até o momento.
A defesa de Bolsonaro negou que ele tenha proposto qualquer golpe à cúpula das Forças Armadas e afirmou que o ex-presidente “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”.
Leia a nota na íntegra:
“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro, diante das notícias veiculadas pela mídia na data de hoje sobre o suposto conteúdo de uma colaboração premiada, esclarece que:
1. Durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal;
2. Jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito.
3. Reitera que adotará as medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso”
(Com informações de O Globo, UOL e CNN Brasil)
(Foto: Montagem/Reprodução)