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Bolsonaro tira R$3,2 bilhões da Educação para abrigar medida eleitoral – O governo de Jair Bolsonaro (PL) determinou um corte de R$3,23 bilhões da verba de 2022 do Ministério da Educação. Segundo comunicado enviado às instituições e universidades atingidas, a medida tem como objetivo atender ao teto de gastos, que limita os gastos da União de acordo com a inflação.
O bloqueio faz parte de uma série de cortes que totalizam quase R$ 14 bilhões, montante ainda maior que os R$ 8,2 bilhões anunciados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na semana passada. Apesar da justificativa relacionada ao teto de gastos, a decisão foi tomada para que Bolsonaro possa conceder o reajuste salarial que vem prometendo aos servidores federais durante o ano eleitoral.
O valor bloqueado do MEC representa 14,5% do orçamento discricionário da pasta, que é de R$ 22,2 bilhões. Tais recursos excluem despesas recorrentes, como salários. O decreto que oficializa os cortes deve ser publicado em breve, mas o ministério já foi informado da medida na semana passada.
Além das universidades federais, sofrerão perdas também o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo Enem, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que concede bolsas de pós-graduação, e a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Das 16 universidades mais afetas, a UnB (Universidade de Brasília) tem a situação mais grave, pois já empenhou 99,7% de seu orçamento este ano. Outros exemplos de instituições que ficarão em situação crítica são a UFRJ, que quase precisou fechar as portas no ano passado, a UFMG, a Unifesp e a UFRGS.
Com informações: Folha
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