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Bombardeios de Israel em Gaza – Em 13 dias, o conflito entre o governo de Israel e o grupo Hamas matou 19 jornalistas, entre palestinos, israelenses e um libanês. A informação é da jornalista Sandra Cohen em matéria publicada pelo G1 nesta quinta-feira (19).
A maioria das baixas estão em Gaza, onde os profissionais de imprensa tentam fazer a cobertura do conflito enquanto tentam socorrer suas famílias dos bombardeios de Israel, de acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).
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Dos jornalistas mortos no conflito, 15 são palestinos. É o caso de Abdulhadid Habib, morto na última segunda-feira (16) com a família em um ataque com mísseis em sua casa no bairro de Zeitoun, no Sul da cidade de Gaza. Habib trabalhava para a agência de notícias Al-Manara.
Ahmed Shebab, da Rádio Sowt Al-Asra, morreu há uma semana com a esposa e os três filhos, em casa, também atingida por um bombardeio israelense em Jabalia, no norte da Cidade de Gaza.
“O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante na crise e não devem ser alvo de partes em conflito” afirma o coordenador para o Oriente Médio, Sherif Mansour, na página da entidade.
De acordo com o CPJ, oito jornalistas ficaram feridos e três estão desaparecidos. A segurança de jornalistas numa área densamente povoada como Gaza é precária, assim como as condições para transmitir o material produzido. Jornalistas locais atuam como colaboradores para meios de comunicação do Ocidente.
“Estou tentando fazer o meu trabalho de divulgar o que está acontecendo em Gaza, mas a falta de internet e eletricidade me impede. Lamento muito que esteja fora do meu alcance”, resume o cinegrafista e documentarista Yousef D. Hammash.
Morte ao vivo
O CPJ atualiza diariamente a lista de profissionais mortos no conflito e entre eles, está o cinegrafista libanês Issam Abdallah, da agência Reuters, atingido por um bombardeio de Israel perto da fronteira com o Líbano, quando transmitia ao vivo a escalada de confrontos entre forças israelenses e o grupo libanês Hezbollah.
No Brasil, a transmissão foi transmitida ao vivo pela Globo News. Outros três jornalistas ficaram feridos pelo ataque de Israel.
Dos 19 profissionais vitimados, três eram israelenses e morreram no ataque terrorista do Hamas ao Sul de Israel, no último dia 7. O fotógrafo Yaniv Zohar, do jornal “Hayon”, foi assassinado com a esposa e duas filhas por combatentes do Hamas, no kibbutz Nahal Oz, onde residia.
Zohar, de 54 anos, trabalhou por 15 anos como cinegrafista da Associated Press (AP) e, por morar perto da Faixa de Gaza, atuava como uma espécie de termômetro para avaliar a dimensão dos confrontos na região.
“Yaniv era os olhos e ouvidos da AP no sul de Israel, sempre um dos primeiros a responder às notícias na movimentada região”, relatou Julie Pace, editora executiva da AP.
“Quando as tensões aumentavam no Médio Oriente, os colegas perguntavam rapidamente: ‘O que Yaniv diz?’”
(Com informações de G1)
(Foto: Jornal Nacional/Reprodução)