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Brasil precisa voltar a construir navios, defende presidente do BNDES

Brasil precisa voltar a construir navios – Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante defendeu nesta quarta-feira (24) que o Brasil precisa retomar a construção de navios.

O presidente do BNDES argumenta que o país tem o desafio de avançar na descarbonização das embarcações, uma demanda cada vez mais presente em um mundo que busca a sustentabilidade.

Medidas de estímulo à indústria naval em gestões anteriores do PT foram alvos de críticas por uma suposta falta de competitividade do Brasil nesse setor.

“Como um país que é um dos três no mundo que constroem e certificam avião não vai fazer, não pode fazer ou não deve fazer navio? Precisamos fazer navio. Já fizemos. Temos tecnologia e também temos erros cometidos para aprender e corrigir”, declarou.

A fala de Mercadante ocorreu durante o lançamento da iniciativa BNDES Azul, no Rio de Janeiro, um plano de ações para estimular a chamada economia azul, isto é, um conjunto de atividades associadas ao ambiente marinho.

Mais recursos para a indústria naval

Aloizio Mercadante garantiu que o BNDES seguirá ampliando os recursos para a indústria naval através do Fundo da Marinha Mercante. A meta é elevar a liberação de recursos para o patamar de R$ 2 bilhões.

“Em 2022, o BNDES liberou R$ 600 milhões para a construção naval. Em 2023, fizemos R$ 1 bilhão. Foi um crescimento importante. Garanto para vocês que não será menos de R$ 2 bilhões neste ano”, promete o presidente do BNDES.

O fundo da Marinha Mercante é destinado a prover recursos para o desenvolvimento da própria Marinha Mercante e da indústria brasileira de construção e reparação naval. “Agora, precisamos de bons projetos. O BNDES reage às iniciativas”, disse Mercadante.

O BNDES também anunciou incentivos à descarbonização da frota naval por meio do corte de taxas de juros. As reduções serão de até 0,24 ponto percentual para financiamentos de construção de novas embarcações, de até 0,4 ponto percentual para modernização dos equipamentos e de até 0,2 ponto percentual para docagem, reparo e manutenção.

“Até 2030, temos de reduzir em 40% as emissões nos navios (determinação da Organização Marítima Internacional). Ou seja, a janela que está se abrindo é para a gente produzir navios com combustível sustentável, renovável, substituindo petróleo por outras fontes”, afirmou Mercadante, defendendo a descarbonização da frota.

Evento em navio atracado

O evento ocorreu em um navio de pesquisa da Marinha atracado próximo ao Museu do Amanhã, na região central do Rio. A cerimônia contou com as presenças dos ministros da Defesa, José Mucio Monteiro, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O BNDES tem papel central no programa de estímulo à indústria, anunciado na segunda-feira (22) pelo governo Lula (PT). Dos R$ 300 bilhões previstos no programa para a indústria até 2026, a maior parte deve vir do banco de fomento ao desenvolvimento nacional, cerca R$ 250 bilhões.

No plano, R$ 8 bilhões poderão ser injetados pelo banco em fundos de investimento. Os novos fundos devem ser voltados prioritariamente para medidas definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), em especial descarbonização da economia e inovação.

(Com informação de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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