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Brizola Neto na CSB – O ex-ministro do Trabalho e atual coordenador de Trabalho e Renda de Niterói (RJ) Brizola Neto (PDT) responsabilizou o governo Bolsonaro pelo agravamento da pandemia no Brasil e consequentemente seus efeitos tanto sociais quanto econômicos. “A gestão irresponsável e imoral do governo Bolsonaro fizeram com que a pandemia tivesse efeito muito maior”, disse.
A declaração foi dada durante a participação do neto de Leonel Brizola em um debate promovido pela Central dos Sindicatos Brasileiros sobre o futuro do emprego no pós-pandemia.
Na mesa ‘Os impactos da Covid-19 no mercado de trabalho’, Neto lembrou que a pandemia ajudou a agravar a crise no país, mas que “ela sozinha não explica a tragédia”.
“É importante compreender que a gestão irresponsável e imoral do governo Bolsonaro fizeram com que a pandemia tivesse um efeito muito maior”, disse Brizola Neto.
O ex-ministro do Trabalho também responsabilizou diretamente Jair Bolsonaro pelos efeitos devastadores da pandemia de covid-19 no Brasil. “Bolsonaro eh responsável pelo agravamento da pandemia. Teve uma ação irresponsável”, disse.
“Primeira subestimou a pandemia, que chamou de ‘gripezinha’. Depois por receitar medicamentos ineficazes, confundindo a orientação sobre o combate ao vírus no país. Boicotou governadores e prefeitos que tomavam medidas de isolamento. Incentivou pessoalmente aglomerações, discursou contra uso de máscaras e a CPI da Covid no senado mostra que além da negligência na compra das vacinas, o governo também foi imoral. A gente achava que o governo era só negacionista, mas era imoral também. Bolsonaro acobertou negociatas na compra de vacinas. Que é a corrupção mais abjeta: roubar dinheiro de vacina” – Brizola Neto
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“Minirreforma” repete erros da reforma trabalhista
O economista Marcio Pochmann falou do enorme desafio de recuperar o emprego e chamou a atenção os pequenos e médios negócios, que foram abandonados pelo governo Bolsonaro.
“É uma pequena classe média e que não é o ‘capitalista’, são estratégias de sobrevivência”, argumentou.
Pochmann criticou a Medida Provisória 1.045, que renova o programa de redução ou suspensão de jornada e salários durante a pandemia, e que foi apelidada de “minirreforma” trabalhista após alguns itens serem inseridos no projeto.
O economista lembrou que os argumentos são uma repetição dos argumentos utilizados na aprovação da reforma trabalhista de 2017, com iniciativas que mostraram acabaram não atingindo os resultados prometidos do ponto de vista do emprego.
“São argumentos que já foram usados em outros períodos. A flexibilização e a retirada de direitos tornariam mais barata a contratação. Como se o problema do desemprego fosse justamente das vítimas”, criticou.
Atraso na vacinação
Wanderson Oliveira, epidemiologista e ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde, fez uma apresentação e comparou os dados de vacinação do Brasil com outros países, mostrando o atraso do país e como isso se reflete diretamente também na atividade econômica e na recuperação dos empregos.
“Com o avanço da vacinação, a economia começa a ganhar folego, mas é importante que seja com cautela. Daqui a pouco, vamos ter que trocar o ‘Fique em casa’ para o ‘Fique alerta'”, pontuou.
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Desemprego recorde
Brizola Neto lembrou que o país hoje tem 15 milhões de desempregados, além de 35 milhões de brasileiros e brasileiras na informalidade, sem nenhum direito ou garantia.
“A crise não começou na pandemia. A partir de 2015, temos uma escalada da taxa de desemprego, que subiu de 4,5% para 12% antes da chegada covid-19. Temos uma tragédia na economia ao longo das três últimas décadas. Foram três décadas perdidas, de baixo crescimento ou crescimento negativo. Mesmo durante o período em que tivemos pleno emprego tínhamos baixíssimos salários. Hoje temos uma multidão de trabalhadores desempregados e precarizados” – Brizola Neto
Brizola Neto lembrou que desde que Michel Temer assumiu a presidência do Brasil em 2016, foram implementados um conjunto de medidas que incluía uma abertura indiscriminada do mercado, a desregulamentação total da economia e privatizações. “Medidas que são a antítese do que seria um projeto nacional de desenvolvimento. Não tem como ter compromisso com o desenvolvimento nacional com abertura indiscriminada de mercado em áreas estratégicas”, apontou.
“O Brasil abriu mão do protagonismo no desenvolvimento econômico nacional e entregou na mão de mercado a recuperação do emprego no Brasil. O resultado é uma tragédia: desemprego, miséria e fome. Nem sempre foi assim. De 1930 a 1980, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo. Uma média superior a 6% durante 50 anos. Foi justamente nesse período que o trabalhador conheceu o regime de direitos e garantias do trabalho, como férias, 13º salário e previdência. Você não consegue promover justiça social sem soberania nacional, como nos ensinou Getúlio Vargas décadas atrás” – Brizola Neto
Seminário da CSB debate futuro do trabalho ao vivo
No momento, ocorre a mesa de debates com o tema ‘A precarização do emprego e os novos modelos de trabalho’.
Participam Leonardo Sakamoto, jornalista vencedor do prêmio “Combate ao Trabalho Escravo” concedido pela OIT, Luis Camargo de Melo, ex-procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, e Fernanda Melchionna, deputada federal (PSOL-RS). A mediação é de Sandro Albuquerque, vice-presidente da CSB
O congresso da CSB está sendo transmitido ao vivo e conta com o apoio do Brasil Independente.
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