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Cappelli era antipetista – Integrante da executiva nacional do PT, Camila Moreno saiu em defesa de Lula após o presidente descartar Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, como sucessor de Flávio Dino como chefe da pasta.
Camila é próxima da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Paulo Teixeira. A dirigente sugeriu que Lula preteriu Cappelli por falta de confiança no secretário-executivo. As informações são do colunista Igor Gadelha no site Metrópoles.
Ela elogiou o “excelente trabalho” que Cappelli fez como número 2 de Dino na Justiça, mas ressaltou que o secretário-executivo era, até pouco tempo atrás, um “militante antipetista e anti-Lula inveterado”.
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“Eu sei que vocês acham que entendem tudo de política, mas tentem ao menos compreender Lula. É verdade que Cappelli fez um excelente trabalho sob o comando de Dino e Lula, mas também é verdade que, há menos de cinco anos, era um militante antipetista e anti-Lula inveterado. Lula é sábio”, escreveu a petista em suas redes sociais.
Camila Moreno disse que Cappelli apagou postagens contra o partido e argumentou que o cargo de ministro da Justiça “exige muita confiança”.
“Ministro da Justiça é um cargo que exige muita confiança e experiência. Respeitem Lula”, completou.
Cappelli queria suceder Dino
Ricardo Cappelli saiu de férias nesta quinta-feira (11), mesmo dia em que o presidente confirmou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, como novo chefe da pasta.
Filiado do PSB, Cappelli queria em suceder Dino no comando da pasta ou ao menos ficar como número 2, mas Lewandowski já havia indicado de que deve nomear alguém de sua confiança para o posto.
O mais cotado para assumir a vaga de Cappelli é o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, atual diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Almeida Neto já trabalhou como auxiliar de Lewandowski no STF e no TSE.
Ao anunciar a futura nomeação do ex-ministro do STF, na quinta, Lula garantiu carta branca para o novo ministro da Justiça montar sua futura equipe como preferir.
“Tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time com que vão jogar. Eu digo para pessoa: ‘Monta o seu governo. Quando você estiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou alguma indicação a fazer’”, afirmou.
(Com informações de Metrópoles)
(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)