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Por Ciro Gomes – A crise brasileira está se transformando na tempestade perfeita. Pandemia fora de controle anuncia recordes de mortes e de lentidão na vacina. Óbvia consequência de um ano de incompetência, irresponsabilidade e conduta genocida. Economia em degringolada geral. Pelo lado dos pobres, desemprego e informalidade recordes, menor poder de compra do salário-mínimo dos últimos 15 anos, suspensão irresponsável do socorro emergencial e o imperativo isolamento social que destrói rendas, negócios e empregos ante um governo absolutamente incompetente em sequer entender a extensão da crise, seu diagnóstico e suas soluções. Pelo lado dos ricos, 35 anos de rendimento sem trabalho, na renda fixa, interrompidos por uma taxa de juros negativa (menor que a inflação); a lotação das UTIs da rede hospitalar privada e a vedação imposta por 138 países da entrada de brasileiros.
O comportamento tresloucado e sócio minoritário do genocídio na condução da política exterior do País, além da trágica política ambiental do governo, nos transformou em um país marginal da ordem internacional com consequências fatais na questão das vacinas, mas também na crescente restrição ao agronegócio brasileiro.
Quando se juntam os ricos e os pobres e a classe média contra o governo, o presidencialismo brasileiro não sabe resolver crises.
Por enquanto, temos um governo desautorizado completamente pela oligarquia política, que chamamos de centrão. Este, por sua vez, não rasga dinheiro. Quer mandar no governo e em suas verbas (vocês não têm ideia do que esta gente fez com a lei do orçamento, mas falo disto depois) e em seus cargos, mas não quer carregar a alça do caixão do enterro do Bolsonaro. É uma questão de tempo.
E Bolsonaro? Bem, Bolsonaro é um fascista de quinta categoria, iletrado, incompetente e despreparado. Assim, enquanto enfraquece a olhos vistos, é humilhado pelos seus sócios da politicagem mais antiga do Brasil, tenta uma saída de cachorro hidrófobo posto em um canto de parede.
Manda seus amalucados derradeiros tentar acender um pavio de pólvora das frações “amiliciadas” das polícias militares a partir de uma tragédia humana ocorrida em Salvador, anuncia a iminência do caos, fala em estado de sítio, e demite, sem cortesia ou mínimo respeito, o general que colocou no ministério da defesa, porque este não endossou sua escalada terrorista contra o povo brasileiro, suas federações, suas instituições, sua constituição.
A tentativa é de assumir e demonstrar um poder violento que, a seu comando, viesse em socorro de seu governo falido, genocida e corrupto.
Tenhamos prudência e cautela, mas hoje Bolsonaro está mais perto de um impeachment do que de arrastar as forças armadas para uma quartelada ao modo boçal bolsonarista de ser.
Fonte: Portal Disparada
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