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Enfrentar Lula no 2º turno – Estadão – O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) disse, em entrevista ao Papo com Editor, do Broadcast Político, que um terceiro nome vai tomar o destino das eleições de 2022. Para Ciro, o segundo turno será entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em sua avaliação, o petista será derrotado.
O ex-governador destaca que, pelas últimas pesquisas eleitorais divulgadas, o presidente Jair Bolsonaro e Lula, juntos, não superam a faixa dos 60% das intenções de votos. “[Eles] não empolgam a sociedade brasileira”, avalia, garantindo que, até as eleições, os candidatos, juntos, não devem ultrapassar dos 50% dos votos.
Em busca de articulação política para garantir eleitores, Ciro diz que a população vai se “surpreender” com as organizações que o PDT já está articulando nos Estados brasileiros com foco nas eleições. Para ele, o PT não tem um candidato “viável” pois peca justamente na articulação.
“Sou o candidato mais viável fora da polarização vazia [entre Lula e Bolsonaro]”, pontua o ex-ministro. Segundo o pedetista, Lula representa o “passado, fragmentado e não racional”, enquanto sua visão do presidente é que ele pode nem participar da disputa eleitoral. “[Bolsonaro] não tem nem partido político, não acho sequer que ele vai estar nas eleições.”
Muito ativo nas redes sociais e em peças publicitárias, Ciro investe no discurso de críticas de mesmo peso contra o chefe do Executivo e o petista. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, no entanto, já afirmou que as críticas deveriam ser voltadas mais a Bolsonaro do que a Lula e houve uma especulação de incômodos nas alas do PDT. Ciro, porém, nega qualquer desavença na sigla. “Coesão é absoluta”, reforça, apostando na união do partido a favor de sua candidatura.
Questionado sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, o ex-governador do Ceará reconhece que o colegiado está realizando um “extraordinário serviço”, mas se mostra descrente com uma punição severa dos responsáveis pela pandemia da covid-19.
Ciro disse que a população vai se “surpreender” com as alianças que o PDT está articulando nos Estados com foco nas eleições. Para ele, o PT não tem um candidato “viável” porque peca justamente na articulação.
Na entrevista, Ciro avaliou que a adoção do voto impresso nas eleições é um retrocesso que representa uma “preguiça” institucional. Ele sugere, apesar de acreditar na inviolabilidade da urna atualmente utilizada, uma combinação entre a tecnologia da urna eletrônica e um comprovante do voto que seria depositado numa urna inviolável, por amostragem.
Como forma de tirar argumentos do chefe do Executivo, o ex-ministro avalia que poderia ser implementado um método em alguns locais para garantir a amostragem dos votos. Segundo Ciro, além da confirmação do voto na urna eletrônica, a ideia é que seja emitido, também, um papel com os registros dos votos.
Conforme explica, o registro impresso, após o eleitor checar e validar as informações, deveria ser depositado em local inviolável. A contagem principal dos votos seguiria pela urna eletrônica, mas caso haja qualquer dúvida, a população teria os votos impressos para confirmar.
Assista a entrevista na íntegra aqui:
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