Colômbia rejeita Guaidó – Após ‘fugir’ da Venezuela a pé e adentrar território colombiano nesta segunda-feira (24), o autoproclamado líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, acabou ‘expulso’ pela Colômbia e embarcou para Miami, nos Estados Unidos, na noite da mesma segunda.

A ‘aventura’ de Guaidó em terras colombianas durou apenas algumas horas. O político apoiado pelos EUA havia anunciado que havia ido a Bogotá para participar de uma cúpula internacional organizada por Gustavo Petro, presidente colombiano, realizada nesta terça-feira (25).

Mas o tiro saiu pela culatra: o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Álvaro Leyva, disse que Guaidó não foi convidado e havia entrado no país “inapropriadamente”, o enviando para os EUA sem que pudesse participar da cúpula.

A chancelaria colombiana explicou que não havia providenciado um avião para a saída de Guaidó pois o político havia entrado no país de forma irregular.

O governo colombiano o levou ao aeroporto e se certificou que ele estava embarcando em um avião comercial.

“A passagem já havia sido comprada por ele”, esclareceu.

Ameaça desmentida

Antes de decolar, Guaidó deu uma versão diferente aos seguidores.

“Devido às ameaças diretas à minha família e filhas do regime de Maduro, que se espalharam para a Colômbia, estou pegando este voo. Até conseguirmos eleições livres na Venezuela, continuaremos lutando.”, declarou em suas redes sociais.

Uma vez em Miami, garantiu que “a perseguição da ditadura se estendeu à Colômbia”.

O líder colombiano, Gustavo Petro, classificou a declaração do venezuelano como uma “calúnia”.

“É só você entrar com o passaporte e pedir asilo. Eu teria oferecido com prazer. Você não precisa entrar no país ilegalmente. Foi-lhe oferecida a autorização de trânsito, não foi deportado para o seu país e com a autorização dos Estados Unidos, voou para lá”, disse Petro.

Cúpula retomou diálogo

O presidente colombiano não quis que nada atrapalhasse a reunião de terça-feira, na qual mais de 20 países retomaram o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a Oposição, paralisado há meses.

Nenhuma das duas partes participou da cúpula, mas tanto o governo Maduro quanto a delegação da Oposição deram seu apoio à reunião.

A presença inesperada de Guaidó foi uma surpresa que colocou Petro diante de um conflito diplomático. Para se livrar de uma nova crise, a única possibilidade era livrar-se do hóspede indesejado o mais rápido possível.

O ministro das Relações Exteriores, Álvaro Leyva, foi o encarregado de marcar a posição do governo colombiano.

Leyva advertiu que Guaidó não foi convidado para a cúpula – assim como nenhum outro opositor ou membro do governo Maduro.

O diplomata reiterou que Guaidó tinha entrado na Colômbia de forma “inadequada”, abrindo as portas a uma possível deportação.

Uma fonte diplomática garante que até os Estados Unidos atuaram para forçar o político a sair do país e pegar um voo para Miami por meio do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, Jimmy Story.

(Por Thiago Manga / Com informações de El País)
(Foto: Reprodução)

Vai ter golpe contra Lula?

Nesta terça-feira (25), o “BRI Sem Papas” debateu o escândalo do vazamentos das imagens que mostram agentes do GSI dentro do Palácio do Planalto durante a invasão golpista de 8 de janeiro.

Também flagrado dentro do prédio, o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo após reunião de emergência com o presidente Lula (PT).