Foragido por bomba em aeroporto – O blogueiro Wellington Macedo está foragido há quatro meses e revelou à Folha de S. Paulo que se abriga em fazenda de um empresário bolsonarista.

Macedo é um dos três réus acusados de tentar explodir uma bomba em um caminhão nas proximidades do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro.

Em entrevista ao jornal paulista, nesta terça-feira (25), o bolsonarista disse ser inocente no caso da tentativa de explosão da bomba e se diz alvo de perseguição do Judiciário.

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Ele afirma que não sabia da existência do artefato nem do plano para detoná-lo. Macedo está foragido desde dezembro, quando rompeu a tornozeleira eletrônica e deixou o Distrito Federal.

À Folha, o bolsonarista diz que não pretende se entregar à polícia.

O homem revelou que está em local isolado, uma fazenda de um produtor rural que ele diz ter conhecido no acampamento golpista montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília após a derrota de Bolsonaro nas eleições.

O nome do empresário e a localização da propriedade rural não foram reveladas.

“Eu não voltei mais em casa, fui para outra cidade. Estou numa fazenda de pessoas que conheci no acampamento. Estou bem isolado, estou longe”, disse, por telefone.

Ex-assessor do governo Bolsonaro

Wellington Macedo ocupou um cargo no governo Jair Bolsonaro (PL), atuando como assessor da hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF), então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

O blogueiro foi assessor de Damares de fevereiro a dezembro de 2019, com um salário bruto de R$ 10.373.

Ele foi preso em 2021 sob acusação de incentivar atos antidemocráticos no 7 de Setembro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF).

Macedo deixou a prisão 42 dias depois e vinha sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Motorista

As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal apontam que Macedo foi responsável por dirigir o carro que transportou a bomba na véspera do Natal de 2022 do acampamento bolsonarista em frente ao QG até o aeroporto do Brasília.

Segundo as investigações, o explosivo foi preparado pelo empresário George Washington de Oliveira e colocado em um caminhão no aeroporto por Alan Diego dos Santos e Sousa, de acordo com as investigações.

Todos os investigados eram declaradamente bolsonaristas.

Os três se tornaram réus em janeiro após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal aceitar a denúncia do Ministério Público.

Apenas Wellington Macedo segue foragido.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Vai ter golpe contra Lula?

Nesta terça-feira (25), o “BRI Sem Papas” debateu o escândalo do vazamentos das imagens que mostram agentes do GSI dentro do Palácio do Planalto durante a invasão golpista de 8 de janeiro.

Também flagrado dentro do prédio, o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo após reunião de emergência com o presidente Lula (PT).