Compartilhe-nos
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (25) que a remoção de pacientes entre estados que enfrentam lotação de unidades de terapia intensiva (UTI) será uma das estratégias usadas para enfrentar o que ele chamou de “nova etapa” da pandemia de Covid-19, marcada pelo alastramento da variante descoberta em Manaus.
Pazuello fez a declaração após reunião com os conselhos de secretários de saúde. Contra o atual aumento de casos, Pazuello disse vai atuar com “atendimento imediato na unidade básica de saúde”, “estruturação em capacidade de leitos” e “vacinação”.
“Uma das estratégias com relação a leitos é a utilização de leitos de forma remota. São remoções.”, afirmou o ministro, que não deu detalhes sobre as remoções, e não respondeu perguntas de jornalistas após o pronunciamento. Pazuello disse que Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), falaria mais sobre o tema.
País está no seu limite
Em seu pronunciamento, o presidente do Conass não detalhou as remoções, mas afirmou que há alta ocupação em Santa Catarina, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão e Sergipe.
“A gente termina a contabilidade tendo feito o transporte de mais de 600 pacientes do Amazonas para outros estados. E mais de 60 de Rondônia. Hoje a gente já teria dificuldade bem maior de fazer esse transporte porque todo mundo está no seu limite. Quase todo o brasil recebeu pacientes do Amazonas”, alerta Carlos Lula.
Agravamento da pandemia no Brasil
Pazuello afirmou que o governo observava uma situação de “estabilidade” no número de mortes e casos em outubro e novembro, e esperava que a chegada da vacina pudesse manter e baixar as taxas da Covid no país. Entretanto, ele afirma que a nova cepa descoberta em Manaus tem contaminado 3 vezes mais rápido e se espalha pelos estados.
“Observa-se que começou a aumentar o oeste do Pará, Belém, capitais como Fortaleza, João Pessoa. (…) Você vê Goiás impactado, Chapecó, varias cidades do país focais subindo”, disse Pazuello. “E a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor em termos de estrutura de apoio de estrutura.”
Após a reunião, entidades disseram que houve acordo para que o Ministério da Saúde faça o pagamento mensal dos leitos e faça o aporte de R$ 500 milhões para fortalecer unidades de saúde e equipes de saúde da família.
“Hoje demos um passo importante para financiamento dos leitos. A regulação que a gente tinha no ano passado levou a redução dos leitos em janeiro e fevereiro. Tivemos redução dos leitos com diárias pagas com ministério. Mudamos essa formulação, agora será mensal ,não será mais a posteriori”, explicou o presidente do Conass.
Fonte: Bem Estar/G1