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Ex-ministros Pazuello e Ernesto Araújo – A CPI da Covid aprovou hoje a quebra de sigilo telefônico e telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Internacionais), além do empresário Carlos Wizard (que atuou como conselheiro informal do governo durante a pandemia).
Com a decisão, os senadores pretendem acelerar as investigações para verificar se houve algum erro ou irregularidade por parte do Executivo federal na condução das ações de enfrentamento à crise sanitária.
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Pazuello é um dos principais alvos da CPI por ter sido o ministro da Saúde durante as fases mais agudas da pandemia —ele foi demitido do cargo, em março desse ano, sob críticas de todos os lados. Araújo, por sua vez, era o chefe do Itamaraty e ficou marcado pelas provocações à China, maior parceiro comercial do país e estratégico na exportação de insumos utilizados para produção de vacinas.
Já Wizard tornou-se um dos personagens da comissão, do ponto de vista investigatório, depois de passar um breve período em função de aconselhamento ao ex-ministro Pazuello. Defensor do chamado “tratamento precoce” e contrário ao lockdown, ele chegou a ser indicado para ocupar um cargo formal no Ministério da Saúde, mas o Executivo acabou desistindo da nomeação.
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De acordo com senadores da oposição e da ala independente, porém crítica ao governo, o empresário pode ter feito parte do que tem sido chamado “gabinete paralelo” —estruturava sem vínculo oficial com o poder público que municiava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com informações sobre vacinas, uso de cloroquina e medicamentos sem eficácia no tratamento da covid, entre outros.
Foram aprovados hoje 29 requerimentos, com voto contrário de Marcos Rogério (DEM-RO), que argumentou que as quebras de sigilo “não tem fundamentação” e estariam em desacordo com o Regimento Interno do Senado.
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Presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) negou o pleito do colega e reclamou de sua postura. Outros membros da comissão acusaram Rogério, que é um dos defensores mais ativos do bolsonarismo, de tentar “protelar” o andamento dos trabalhos.
Além de Pazuello, Araújo e Wizard, foram quebrados os sigilos telefônico e telemático de outras 17 pessoas:
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- Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde conhecida como “capitã cloroquina”;
- Filipe G. Martins, assessor especial da Presidência;
- Nise Yamaguchi, médica defensora da cloroquina que fazia parte do chamado “gabinete paralelo”;
- Francieli Fontana Fantinato, coordenadora do Plano Nacional de Imunização;
- Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;
- Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
- Paolo Zanotto, médico;
- Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
- Luciano Dias Azevedo, médico;
- Hélio Angotti Neto, ex-secretário do Ministério da Saúde;
- Francisco Ferreira Filho, coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
- Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
- Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
- Camile Giaretta Sachetti, ex-servidora do Ministério da Saúde;
- Arnaldo Correia de Medeiros, secretário do Ministério da Saúde;
- Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU).
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Novos convocados
Também foram aprovados a quebra de sigilo da Associação Dignidade Médica de Pernambuco e das empresas PPR, Calya/Y2 e Artplan. Votaram contrário os senadores Marcos Rogério e Jorginho Mello (PL-SC).
Como se trata de uma convocação, Rosário será obrigado a comparecer.
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Já o presidente do CNS (Conselho Nacional de Saúde), Fernando Pigatto, foi convidado a prestar esclarecimentos —o requerimento de convite não torna a presença obrigatória. O Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) também será convidado a participar.
Fonte: UOL
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