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CSB decide realizar ato próprio no Dia do Trabalhador – Uma das maiores centrais sindicais do país, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) decidiu não participar do ato unificado de 1º de Maio, que será realizado na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo.
As outras centrais de grande porte como CUT, Força Sindical, UGT e CTB, pretendem fazer do ato – que é de todos os trabalhadores do país – um manifesto de apoio à candidatura de Lula (PT) à presidência.
Nos últimos atos com participação das centrais, manifestantes não-alinhados ao projeto do PT e de Lula foram ofendidos e, em alguns casos, agredidos.
Em um deles, em outubro do ano passado, agressores com camisas da CUT e do PCO tentaram fazer uma emboscada contra Ciro Gomes (PDT) e militantes trabalhistas na Avenida Paulista, atirando pedras e garrafas.
Na época, houve relatos de agressão em outras capitais por parte de apoiadores do petista, como em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
A CSB, comandada por Antonio Neto, que também preside o PDT de São Paulo, defende um Projeto Nacional de Desenvolvimento para o país.
Por conta de todas as questões envolvidas, a direção da CSB decidiu realizar um ato próprio em Itatiba, no interior de São Paulo.
CSB DECIDE POR ATO PRÓPRIO NO 1º DE MAIO
Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (18), a Direção da Central dos Sindicatos Brasileiros (@CSBbrasil ) decidiu pela realização do seu próprio ato no 1º de Maio, Dia do Trabalhador, na cidade de Itatiba, interior de SP, (+)
— Antonio Neto (@antonionetopdt) April 18, 2022
Leia a nota abaixo na íntegra:
“CSB DECIDE POR ATO PRÓPRIO EM ITATIBA/SP NO 1º DE MAIO
Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (18), a Direção da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) decidiu pela realização do seu próprio ato no 1º de Maio, Dia do Trabalhador, na cidade de Itatiba, interior de SP, e não participar do ato que ocorrerá na capital paulista, pelas seguintes razões:
Nas atividades realizadas anteriormente pelas Centrais, ocorreram fatos que geraram desgastes que não contribuem para o objetivo maior que é a unidade das Centrais Sindicais.
A unidade das Centrais pressupõe também solidariedade, elemento fundamental para que as ações conjuntas se deem em um ambiente de maior igualdade, afastando o protagonismo de uma em detrimento das demais.
Esta busca pelo protagonismo faz com que projetos comuns sejam deixados de lado e antecipados de forma desordenada, além de que, muitas vezes, induz militantes a posturas agressivas de hostilidades, como ocorridas recentemente, que podem chegar a via de fato contra companheiros de outras centrais, o que gera ainda mais tensão no ambiente unitário tão desejado.
Para o bem da unidade, esta igualdade deve se refletir na ocupação de espaços, posições políticas, dimensionamento de importância e outros fatores que contribuem para construção de um ambiente mais igual e democrático.
A CSB sempre trabalhou pela unidade das Centrais Sindicais. Foi assim nos últimos quatro anos no 1° de Maio, foi assim na construção de uma pauta comum e nas lutas travadas nas ruas contra as reformas neoliberais e o Governo Bolsonaro.
Entendemos que, para além da urgência de derrotar Bolsonaro e seu governo neoliberal, é necessário colocar em debate com a sociedade a mudança do modelo econômico, político e social. O Brasil precisa se reencontrar por meio de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que una os trabalhadores e os setores produtivos em nome do desenvolvimento nacional, do emprego digno e do combate às desigualdades.
É necessária uma reflexão ampla sobre esta realidade a fim de fortalecer a unidade das Centrais e luta da classe trabalhadora.
Antonio Neto
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)”
Foto: Divulgação