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Das 43 pessoas que tiveram contas bancárias bloqueadas por suspeita de financiar atos golpistas e obstrução de rodovias, 16 fizeram doações para a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Juntas, elas doaram R$ 1,04 milhão, de acordo com apuração da Folha de S.Paulo.
No último sábado (12), o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as contas para evitar que os recursos fossem usados para patrocinar mais atos criminosos que questionam o resultado do segundo turno e pedem por intervenção militar.
Dentre os atingidos pela decisão judicial, o maior doador é Atilio Rovaris, sócio da Transportadora Rovaris, que repassou R$ 500 mil para seu candidato. A investigação policial identificou seis caminhões da empresa na manifestação em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, onde há pessoas acampadas desde pouco depois do segundo turno.
A segunda maior doação dentre os investigados veio de Ilo Pozzobon, sócio da Fermap Transportes, que deu ao todo R$ 122 mil para a campanha do presidente. O último repasse foi feito dia 26 de outubro, no valor de R$ 97,8 mil. A Fermap é proprietária de dois caminhões localizados na mesma manifestação em frente ao QG do Exército.
O terceiro maior doador da lista é Sergio Bedin, que cedeu R$ 100 mil à campanha, e teve um de seus veículos identificados pela investigação.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal registrou 234 caminhões nas manifestações antidemocráticas.
Nenhum dos empresários quis se pronunciar quando procurados pela reportagem.
fonte: Folha de S.Paulo