Share This Article
Após prometer que não se concorreria à reeleição e desistir de disputar a presidência da República, Eduardo Leite (PSDB) anunciou sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (13), 77 dias depois de deixar o cargo. Segundo ele, não se trata de reeleição, pois ele não é governador atualmente.
No entanto, conforme a lei eleitoral, não há diferença em caso de renúncia em meio ao mandato. Assim, a nova candidatura de Leite trata-se, sim, de reeleição. Ou seja, caso vença o pleito este ano, ele não poderá se concorrer ao Palácio Piratini novamente em 2026. “É uma decisão coletiva. Ouvi diversas opiniões, não só a minha. E eu mudei de opinião, mas não de princípios. É legítimo, é benéfico, separar o governador do candidato e eu só concorreria dessa forma”, justificou.
Leite tentou ser o candidato à presidência do PSDB, mas perdeu as prévias do partido para o ex-governador de São Paulo João Dória. Após a derrota, ele chegou a cogitar a migração para o PSD, onde poderia concorrer ao Palácio do Planalto, mas desistiu. Ele tentou então lançar uma candidatura paralela dentro do próprio PSDB, com apoio de Aécio Neves.
Apesar de todos esses movimentos, Leite nega que a presidência fosse seu “plano A”, pois poderia ter trocado de legenda para isso. “O plano A era dar a melhor contribuição possível ao país”, disse.
A indecisão de Leite vinha beneficiando o pré-candidato do MDB, o deputado estadual Gabriel Souza, que se colocou no páreo com apelos similares, como o fato de ser jovem (38 anos) e uma postulação de centro, que poderia atrair diversos partidos. Após o anúncio de hoje, Souza já sofre pressão dentro do MDB para desistir da disputa.
Com informações de: Folha de S.Paulo
Foto: Guilherme Santos/Sul 21
Leia também
Doria anuncia retorno ao setor privado após desistir de ser candidato em 2022 – João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo, anunciou hoje seu retorno ao setor privado. Embora no final do ano passado ele tenha ganhado a prévia interna do partido, sua candidatura à Presidência da República foi rechaçada por parte da cúpula da sigla. Os tucanos decidiram-se por apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) na tentativa de viabilizá-la como candidata.