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Jovem Pan demite – A Jovem Pan News enfrenta uma crise financeira que afeta a programação do canal de notícias de Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha. A emissora acabou com dois de seus principais noticiários e reduziu o tempo de produção ao vivo, que agora vai até 23h e, antes, noticivava ineditamente até 2h da manhã.
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Noticiários cancelados e reprises
O TV Pop revelou que a Jovem Pan tirou do ar o Jornal da Manhã 2ª Edição, transmitido só nas rádios do grupo e nas plataformas digitais da emissora. O telejornal, apresentado por Marcelo Mattos, era um dos produtos mais tradicionais do conglomerado de mídia e chegou a ser exibido na TV em grandes coberturas, como na guerra na Ucrânia. Além dele, a rede também cancelou o Fast News (antes chamado de Headline News), que era comandado por Vitor Brown entre 22h e 0h.
O espaço dos dois noticiários está sendo ocupado por reprises de outros programas, como Três em Um e Pânico. O humorístico de Emílio Surita passou para o horário nobre do canal de notícias e é reprisado na íntegra entre 23h e 1h da manhã. A primeira hora do Fast News será substituída por uma versão maior do Jornal Jovem Pan, principal telejornal da rede, agora só com Lívia Zanolini e terá três horas de duração.
Demissões em massa
As mudanças de programação e as demissões de Adriana Reid e Vitor Brown não foram as únicas: a emissora está fazendo cortes em todos os seus setores nesta semana: na segunda (10), boa parte dos profissionais que cuidavam das redes sociais do conglomerado foram demitidos, assim como cinegrafistas e produtores.
Nos próximos dias, as dispensas devem afetar outros rostos conhecidos dos telespectadores, principalmente na reportagem O TV Pop apurou que o plano é trocar medalhões por recém-formados que aceitem salários baixos.
Perda de anunciantes
Nos bastidores do canal de notícias, a avaliação geral é de que a empresa está passando “por um momento delicado” desde a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
A Jovem Pan já sofria com baixas em suas finanças desde que teve os seus canais nas plataformas digitais desmonetizados em novembro do ano passado, mas estava conquistando bons anunciantes em sua operação televisiva, além de ter mantido sua base de patrocinadores bolsonaristas, responsáveis pela maior parte de ações de merchandising testemunhal nos programas da rede.
Essa base, no entanto, se afastou da empresa desde que sua concessão foi questionada pelo Ministério Público: com medo de investigação, várias marcas já disseram que não vão renovar com a Jovem Pan. Além disso, a campanha de desmonetização do Sleeping Giants continua dando dor de cabeça em Tutinha, pois afasta grandes empresas do conglomerado, mesmo com seu sucesso na internet e na TV paga.
A maior esperança da Jovem Pan para sair da crise é a volta da monetização das suas plataformas digitais: representantes da companhia tem se reunido com o Google, mas ainda estão longe de convencer a multinacional de que merecem uma nova chance.
(Informações de TV Pop)
(Foto: Reprodução)