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O Equador vai às urnas no próximo domingo (11) para definir, em segundo turno, quem será seu novo presidente: o banqueiro conservador Guillermo Lasso ou o economista progressista Andrés Arauz. Num cenário de completa incerteza (pesquisas apontam empate técnico), há um consenso entre os principais analistas: o voto indígena será fundamental para definir o vencedor.
Dois fatores levam a essa análise: (1) o candidato do movimento indígena, Yaku Pérez, ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições, com cerca de 19% dos votos; (2) a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), entidade a qual Pérez pertence, vem defendendo o voto nulo no segundo turno.
No entanto, no último sábado (6), o presidente da CONAIE, Jaime Vargas, rompeu o acordo e declarou voto em Arauz. De imediato, o candidato foi ao Twitter para agradecer o apoio: “Obrigado por seu respaldo. Estamos construindo a unidade nacional”.
Vargas foi expulso da Confederação nesta quarta-feira. No dia seguinte, fez denúncias graves e acusou seu movimento de fazer o jogo das forças de direita do país. Houve, inclusive, lideranças que declararam apoio a Lasso – e que também acabaram expulsas da organização.
Pesquisas acirradas
Duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira (8) confirmam o cenário de empate técnico. O Instituto Eureknow monstra Arauz com 50,1% das intenções, contra 49,9% de Lasso. Por sua vez, a Atlas Intel aponta leve favoritismo do economista (50,9% x 49,1%).
Arauz conta com o apoio explícito do ex-presidente Rafael Correa. No começo do segundo turno, o banqueiro Lasso estava cerca de oito pontos atrás do economista, mas sua campanha percebeu que grande parte do país rejeita o legado de Correa.
Assim como no Brasil, no Equador o voto é obrigatório. O novo presidente tomará posse no dia 24 de maio.
Com informações da France 24