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“Eu tomo de volta” – Ciro Gomes considera um crime privatizar a Eletrobras e está disse ainda em maio estar disposto a “tomar de volta” a empresa caso essa privatização fosse confirmada como ocorreu na noite da última quinta-feira.
“Se eu tiver um dia a ventura de servir a essa grande nação como seu presidente e eles tiverem entregue a Petrobras ou a Eletrobras, eu tomo de volta”, disseem uma live.
De acordo com declarações no Twitter. Ele entende que entregar uma companhia de geração e distribuição de energia, na prática, significa entregar o regime de águas do país a terceiros.
“Minha questão é o projeto de país. No mundo, eletricidade e base hidráulica, você não entrega ao capital, e muito menos ao [capital] estrangeiro. Tá aí o Bolsonaro correndo para entregar [a Eletrobras]… daqui a pouco vem uma estatal chinesa, e nós vamos discutir se a água do São Francisco vai para abastecer Fortaleza e Campina Grande, ou se vai gerar quilowatt-hora lá em Xangai.”, disse Ciro.
“Empresas estatais que dão um lucro monstruoso, o que que estão fazendo? Estão privatizando, entregando esse lucro monstruoso para monopólio privado.”
Ciro destacou que a entrega a capital estrangeiro da companhia é o maior problema do processo de capitalização da Eletrobras. Quando participou diretamente da privatização da Embraer para evitar o encerramento das atividades da empresa garantiu que houvesse no estatuto mecanismos proibindo internacionalizar a empresa e vedando a ascensão de um controlador majoritário único. Também foi criada uma “golden share” para o governo brasileiro, uma única ação que dá a União poder de veto em discussões consideradas estratégicas para o país.
A privatização da Eletrobras é um crime! E não é porque eu sou ideologicamente contra. É porque privatização no caso brasileiro, levando em consideração o baixíssimo nível de capital nacional, significa internacionalizar. (…)
— Ciro Gomes (@cirogomes) May 31, 2022
Com informações de O Antagonista
Foto: Divulgação
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