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Retirada de cidadãos americanos da Ucrânia – Nesta segunda-feira (24) países como EUA, Reino Unido, Japão e Austrália disseram possuir planos de evacuação de seus diplomatas e familiares ou até mesmo que já iniciaram tal movimento.
Os EUA dizem ainda que pretendem retirar também cidadãos americanos do país pivô da crise no Leste Europeu.
Além disso mandaram um alerta para que os cidadãos americanos não viajem para a Rússia neste momento.
Nota do departamento de estado americano da explicações sobre a evacuação dos familiares dos diplomatas americanos na Ucrânia.
Eles dizem que a Rússia pode atacar a qualquer momento. pic.twitter.com/iHKyw3Cx67
— Brasil Independente (@obrindependente) January 24, 2022
Contradições internas
Ao mesmo tempo que os EUA e outros países dizem evacuar seus diplomatas, a União Europeia e outros países afirmam não ter motivos para tal medida.
Como o próprio chefe das relações exteriores da UE, Josep Borrell.
Outro que declarou que tal medida é infundada foi o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que através do porta-voz Oleg Nikolenko afirmou que não existe razão para a medida.
O argumento é que a Rússia mantém grandes números de tropas nas fronteiras desde abril de 2021 e nenhuma modificação substancial ocorreu recentemente.
No entanto o governo ucraniano vem reiterando pedidos para que novas sanções contra a Rússia sejam aplicadas sob a acusação de invasão iminente no leste do país.
Guerra de informação
Ao mesmo tempo em que garante que não existem motivos para retirar diplomatas do país, os ucranianos tem alardeado o Ocidente afirmando que a Rússia está prestes a invadir a Ucrânia.
Recentemente, a imprensa ocidental e alguns membros de governo afirmaram que o presidente da China, Xi Jijping pediu a Vladimir Putin que não invadisse a Ucrânia durante os Jogos de Inverno realizados no aliado asiático.
O ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi desmentiu a informação e afirmou que se tratava de uma ‘fake news’ criada na tentativa de afetar as relações entre os dois países.
Europa dividida
A Europa está sendo empurrada para uma situação em que suas potências não querem entrar.
Emanuel Macron já teve conversas com Putin recentemente sobre a situação e demonstra certa resistência a apoiar o conflito.
Principal adversário de Macron na França, Eric Zemmour afirmou que a França precisa de parar de ser feita de boba pelos americanos e essa política antirussa é uma estupidez.
O primeiro Ministro da Alemanha Olaf Scholz mandou um recado para a Europa: disse achar irresponsáveis tais ações contra a Rússia e teme que os aliados europeus não estão medindo as consequências disso.
A Alemanha não vai enviar suprimentos militares para a Ucrânia conforme requisitado mais de uma vez pelos americanos.
O ex-comandante das forças navais alemãs pediu demissão após declarar que a Rússia merece respeito, que os russos fizeram por merecer esse respeito e não devem ser tratados como inimigos da Europa e sim aliada, pois a real ameaça ao Ocidente não é a Rússia e sim a China.
Disse também que essa política antirussa joga a Rússia para os chineses.
O próprio Reino Unido também disse estar preocupado com as consequências das prováveis sanções contra a Rússia caso ela invada a Ucrânia.
Afirmando que a subida de preços de gás natural e gasolina podem ser gigantes em seu país, que atualmente já tem problemas de abastecimento interno de outros produtos após o ‘Brexit’.
‘Não vamos entrar na OTAN’
Alguns países que estavam sendo pressionados para entrar na OTAN, como Finlândia e Suécia, disseram que não têm intenção de ingressar na aliança a curto e médio prazo.
A negativa foi como um balde de água fria nas intenções dos EUA, que visavam utilizar esses países como pontos de pressão contra a Rússia.
EUA financiando a guerra
Nos EUA, há especulações de que existe uma pressão da indústria bélica americana, que precisa vender armamentos após o fim da guerra do Afeganistão.
Com o fim do conflito, a indústria militar yankee perdeu uma significativa fonte de venda de armas e equipamentos militares.
Os EUA e o Reino Unido tem financiado a militarização da Ucrânia de forma mais agressiva nas últimas semanas.
Cerca de nove C-17 Globemaster ingleses levando suprimentos militares para Ucrânia foram monitorados pela inteligência Russa.
Os EUA tem enviado também aviões com carregamentos e além de munições e equipamentos, tem enviado tropas especiais para auxiliar tropas ucranianas.
Pentágono divulga vídeo de equipamentos militares que estão sendo enviado para a Ucrânia.
A Rússia acusa os EUA de financiar e aumentar as tensões na região do leste Europeu. pic.twitter.com/MsAwUk6XHI
— Brasil Independente (@obrindependente) January 23, 2022
O próprio Pentágono divulgou vídeo das movimentações militares.
Além disso, os EUA pressionam aliados a enviarem suprimentos para Ucrânia
Entre eles, os países bálticos têm sofrido intensa pressão para enviarem mísseis Javelin e Stingers.
Acordo quebrado
Contrariando o acordo de Minsk, a Ucrânia também tem aumentado exponencialmente seus equipamentos militares na região de Donbass.
Vídeos divulgados mostram comboios militares indo para região.
A inteligência da milícia da resistência da República de Donetsk afirmou que mísseis antitank Javelin já foram vistos na fronteira.
‘Estamos sendo empurrados para a guerra’
Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, afirmou que não querem a guerra mas estão sendo empurrados para ela.
Lukashenko já afirmou que ficará ao lado da Rússia em caso de conflito.
O porta-voz do Kremilin, Dimitri Peskov, afirmou que as reações da Rússia a essas provocações vão ser tomadas.
Fontes do Kremilin subiram o tom e deram o recado
“Não vai adiantar a Ucrânia pedir ajuda aos americanos quando os mísseis Iskander e Zircon começarem a cair sobre suas cabeças”
Isso se deve ao fato da Rússia manter uma base muito forte em Kaliningrado.
Por Radamés Al’Massoud e Thiago Manga
Foto: Reprodução
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