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Ex-assessor diz que teve caso com Renan Bolsonaro – Nesta quinta-feira (14), após prestar depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), o antigo assessor de Jair Renan Bolsonaro, Diego Pupe, disse que manteve um relacionamento “amoroso e romântico” com o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A revelação foi feita pelo site Metrópoles, que publicou um áudio com as declarações do ex-assessor.
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“Eu tive um relacionamento com o Renan, do qual não falei para ninguém ainda. Eu estava esperando todo esse ‘auê’ da polícia, mas logo logo eu vou falar sobre isso, tá bom? Eu tinha um relacionamento íntimo com ele, romântico”, disse Pupe ao site, após o depoimento no âmbito da Operação Nexum.
Ouça:
No fim do agosto, “04” foi alvo de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), unidade da própria PCDF. Na ocasião, a operação cumpriu outros quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva por crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de prejuízo ao erário do Distrito Federal.
O ex-assessor afirmou aos policiais ter ouvido de Maciel Carvalho, empresário de Renan Bolsonaro, a ordem para transferir a empresa RB Eventos a outra pessoa. Na época, o filho do então presidente era investigado pela PF por suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo a firma.
Antes da mudança de proprietário, a RB funcionou no mesmo endereço da 357 Cursos, empresa de aulas de tiro que era comandada por Maciel, segundo o depoimento.
Suspeita de ‘laranja’
Neste ano, a empresa foi transferida por Renan Bolsonaor para Marcos Aurélio Rodrigues, parceiro comercial de Maciel e dono da 357. A suspeita da Polícia Civil é de que Rodrigues seja um laranja em um esquema ilegal.
O negócio chamou a atenção dos investigadores porque não houve qualquer pagamento pela movimentação, apesar de a firma ter faturado R$ 4 milhões em um ano.
Na gravação revelada pelo Metrópoles, o ex-assessor afirma que Renan tinha conhecimento do que ocorria dentro da empresa e das ações feitas por Maciel.
“Eles são bem íntimos, né? Na imprensa mesmo, eles, enfim, me alfinetaram bastante; dá para ver o quanto eles estavam íntimos. Então, o Renan tem, sim, conhecimento do que o Maciel fazia”, diz Pupe, na gravação.
Fraudes
A investigação aponta a existência de uma associação criminosa cuja estratégia era obter indevida vantagem econômica.
O esquema passaria pela utilização de um “testa de ferro” ou “laranja” para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada.
Os investigadores ainda descobriram que os suspetos forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas.
Para isso, utilizavam dados de contadores sem o conhecimento deles, inserindo declarações falsas com o fim de manter movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.
(Com informações de Metrópoles)
(Foto: Reprodução)