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General comete suicídio no Chile – Nesta terça-feira (29), o general reformado Hernán Chacón suicidou-se aos 85 anos, pouco antes de ser preso, informou o Ministério Público chileno.
O ex-militar havia sido condenado juntamente com outros militares pelo assassinato do emblemático cantor e compositor Víctor Jara durante a ditadura de Augusto Pinochet.
Quando a polícia foi prendê-lo para cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal chileno Chacón “pegou uma arma de fogo e atirou contra si mesmo”, disse à imprensa o promotor Claudio Suazo.
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Na segunda (28), o general foi condenado, juntamente com outros ex-militares, a penas de até 25 anos de prisão pelo sequestro e assassinato de Jara, ocorrido logo após a instalação da ditadura de Pinochet, no 11 de setembro de 1973.
Segundo a decisão, Chacón participou da seleção e interrogatório dos 5 mil prisioneiros que foram transferidos para o Estádio-Chile após o sangrento golpe contra o socialista Salvador Allende.
O golpe instalou a ditadura liberal de Pinochet, que durou 17 anos e deixou milhares de vítimas, entre mortos e desaparecidos.
Torturado por vários dias
Filiado ao Partido Comunista, o histórico cantor foi preso dentro da Universidade Técnica do Estado – onde era professor – e levado ao estádio onde foi torturado por vários dias.
Víctor Jara tinha 40 anos quando foi assassinado com 44 tiros.
Jara é considerado um símbolo da chamada Nova Canção Chilena, movimento musical e social da década de 1960 ao início de década de 1970 e é o autor de canções como “Te recuerdo, Amanda”, “El derecho de vivir en paz” ou “Manifiesto”.
No mesmo caso, os juízes condenaram os sete ex-militares também pelo assassinato e sequestro do ex-diretor penitenciário Littré Quiroga. Seu corpo, também com sinais de tortura, foi encontrado ao lado do de Víctor Jara, em um terreno próximo a uma ferrovia, nos arredores da capital Santiago.
(Com informações de O Globo e AFP)
(Foto: Reprodução)