Desestatização da Ceitec – O governo criou um grupo de trabalho interministerial para estudar a viabilidade de reverter a desestatização e liquidação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), além de propostas de fomento da pesquisa e desenvolvimento de semicondutores.

A Ceitec é a única produtora de semicondutores do Brasil. 

Segundo decreto presidencial publicado nesta quarta-feira (08) no Diário Oficial da União, o grupo de trabalho terá duração de 120 dias e será coordenado pela ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que poderá prorrogar o prazo do grupo. 

Patrimônio da Safra é disputado na justiça pela família; entenda

Ao fim do trabalho, deverá ser apresentado um relatório com alternativas para reverter a desestatização, diretrizes para a gestão do negócio alinhadas à política pública do setor e como a Ceitec participará do fomento do desenvolvimento de semicondutores. 

Além do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, farão parte do grupo a Advocacia-Geral da União (AGU), os ministérios da Casa Civil, da Fazenda, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de especialistas e representantes de outras entidades, públicas e privadas. 

Importância da Ceitec 

Desde que assumiu a pasta de Ciência e Tecnologia, a ministra Luciana Santos prometeu dar um fim à liquidação da Ceitec. 

Isso porque a questão de semicondutores se tornou um tema sensível mundialmente devido à sua importância para todos os setores da economia, sendo a Ceitec a única produtora de chips do Brasil. 

Por exemplo, são os semicondutores um dos grandes motivos da tensão entre China, Taiwan e Estados Unidos. Taiwan é a maior fabricante de chips do mundo, enquanto a China investe pesadamente na área para superar o vizinho. 

Os americanos também já focam seus esforços em ampliar sua produção de semicondutores e se aliou a Taiwan, ambos em busca de frear os chineses. 

(Com informações de Valor Econômico e CNN)
(Foto: Reprodução)