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Ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Paulo Guedes viveu nesta terça-feira (28) um verdadeiro “dia de cão”, distribuindo gafes como ofender a China ao dizer que “chinês inventou vírus”, falar mal da vacina chinesa contra a covid-19 e dizer que o colapso nos sistemas de Saúde do país não são resultado da pandemia. Tudo isso em meio à uma ‘reformulação’ que Guedes promove no ministério que comanda, com um festival de demissões.
A sequência de gafes do economista foi grande. Primeiro, acusou a China de “inventar” o coronavírus, o que pode gerar uma crise diplomática com os chineses em um momento em que o Brasil apela desesperadamente por ajuda internacional no enfrentamento da pandemia. A relação entre Brasil e China, aliás, já não é boa por conta das frequentes acusações de cunho ideológico feitos pelo presidente e seus filhos.
“Chinês inventou vírus”
“O chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa. Então, os caras falam: ‘Qual é o vírus? É esse? Tá bom, decodifica’. Tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras”, declarou Paulo Guedes, durante reunião do Conselho de Saúde Complementar.
Outra gafe no discurso é que a vacina da Pfizer não foi desenvolvida por americanos, mas por um casal de cientistas alemães de origem turca, dono da empresa Biontech. Em seguida, outra gafe. Ao perceber que falou bobagem, pediu para que o trecho fosse apagado da gravação da reunião. Ninguém contou para o ministro de Bolsonaro que a reunião estava sendo transmitida ao vivo.
Horas depois, Guedes tentou amenizar e disse que ele mesmo tomou a Coronavac, a vacina que segundo ele, “é menos efetiva do que a americana”, se referindo à vacina da Pfizer que como já citado, não é ‘americana’ e sim fruto de uma parceria da farmacêutica norte-americana com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech.
Colapso na Saúde é culpa da… medicina
Também nesta nesta terça-feira (27), Paulo Guedes argumentou que o colapso nos sistemas de Saúde e do setor público em geral por todo o país não foi causado pela pandemia de coronavírus, que já matou quase 400 mil brasileiros e lotou hospitais com uma explosão desenfreada de infecções. Como “explicou” o economista ultraliberal, a culpa é do “avanço na medicina ” e “o direito à vida”.
“Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 “, disse. “Não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar” a busca por atendimento médico crescente.
Apesar da opinião do ministro, é evidente que a pandemia causou – ou contribuiu decisivamente para – o colapso dos sistemas de saúde do país, como inclusive a Organização Mundial de Saúde alertou como maior risco da covid-19, ainda no início da pandemia global, nos primeiros meses de 2020.
Um dado trágico acaba de ‘jogar por terra’ o discurso de Guedes. Em 2020, com a pandemia e as mais de 2 mil mortes diárias, o tempo estimado de vida no país após o nascer foi de 75,4 anos em 2020, um ano a menos que em 2019. Foi a primeira vez desde 1940 que o Brasil registrou redução na expectativa de vida da sua população.
‘Reformulação’ no Ministério
O ‘dia de cão’ de Guedes ocorreu em meio à uma série de demissões que o ministro está promovendo na pasta que comanda. Decidiu-se trocar secretários de Fazenda, do Tesouro, de Orçamento e do PPI e a sua Assessora especial.
Guedes jura que é uma ‘reformulação’, mas não é o que se comenta em Brasília. O que se ouve nos corredores é que Guedes cedeu à ala política do governo e sob intensa pressão do ‘Centrão’, reestruturou seu time para tentar melhorar a articulação da equipe, que foi desgastada pela crise do Orçamento votado recentemente na Câmara dos Deputados.
Balança mas não cai
Antes considerado ‘intocável’ no governo Bolsonaro, que na campanha eleitoral chamava Guedes de ‘Posto Ipiranga’ por supostamente saber todas as respostas na Economia, a realidade atual é bem diferente. As mudanças acontecem após membros do ‘Centrão’ começarem a pedir a demissão do ministro.
No dia 14 deste mês, o Brasil Independente publicou uma matéria sobre o isolamento de Guedes dentro do governo. Dois dias depois, o BRI repercutiu que Bolsonaro foi a público garantir a permanência, por ora, do ministro da Economia. “Se eu entregar a cabeça do Guedes, a próxima vai ser a minha”, disse o presidente na ocasião, demonstrando mais preocupação com a sua instabilidade do que com a do subordinado.
Ciro Gomes critica ‘dublê’ de Ernesto Araújo
Paulo Guedes é um ser à deriva: depois de ter se perdido como min da economia,virou agora um dublê de Ernesto Araújo no mar revolto da política internacional. Atacar a China, um importante parceiro do Brasil, não é só estupido,coloca em risco nossa já frágil e dependente economia
— Ciro Gomes (@cirogomes) April 28, 2021
Por Thiago Manga
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