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Haddad indica economista do mercado – Após indicação direta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Lula (PT) escolheu Rodolfo Fróes para assumir o posto de diretor de Política Monetária do Banco Central (BC).
A informação é do jornal Folha de S. Paulo, que diz ter ouvido fontes do governo e do próprio mercado financeiro.
O homem escolhido para dirigir a política monetária do país é “cria” do mercado financeiro, trabalhou no Bank of America e foi membro do conselho do Banco Fator, instituição que, aliás, foi presidida pelo atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.
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Ele chega ao BC para substituir Bruno Serra Fernandes, cujo mandato chegou ao fim em 28 de fevereiro.
Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a função exige uma interação grande com o mercado financeiro por lidar com câmbio e leilões.
Nesta terça-feira (21), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse que Lula já tinha definido os nomes sugeridos pelo titular da Fazenda.
A indicação formal deve ser feita após a viagem do presidente à China, que começa no dia 25 de março e vai até 1º de abril.
“O Haddad levou os dois nomes, ele [Lula] conversou com os dois, aprovou e vai indicar os dois nomes ao Senado assim que retornar [da China]”, disse Costa, em entrevista à GloboNews.
Autonomia do BC
A lei da autonomia do BC, aprovada em 2021 e alvo de críticas de setores progressistas, determinou que cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores.
Vale ressaltar que Lula pode rever os nomes escolhidos até o anúncio oficial.
Posteriormente, os indicados passam por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal. Os nomes são, então, levados ao plenário para aprovação.
Com a autonomia do BC, a indicação dos diretores é uma maneira de o presidente formar uma composição na cúpula da autoridade monetária mais alinhada com o governo eleito.
“Autonomia do BC é caso de revolta popular”, disse Ciro Gomes em 2021
Aparentemente, a ala econômica do governo do PT desejar envia mais um sinal de alinhamento ao mercado financeiro.
As decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) são tomadas de forma colegiada entre os oito diretores e o presidente do BC.
Ainda assim, o diretor de Política Monetária tem um papel importante na reunião que calibra a taxa básica de juros (Selic).
O patamar elevado de juros no país tem sido alvo de críticas generalizadas, desde o mundo político até economistas renomados, que vem pressionando a instituição.
Nesta quarta-feira (22), o Copom decide se altera a Selic, que atualmente opera em 13,75% ao ano, uma das maiores taxas básicas de juros do mundo.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)