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Helicóptero que sumiu em São Paulo é encontrado; 4 mortos

Helicóptero que sumiu em São Paulo – Nesta sexta-feira (12), a Polícia Militar afirmou que não há sobreviventes do acidente com o helicóptero que estava desaparecido em São Paulo e foi encontrado, nesta manhã, na região de mata de Paraibuna (SP).

O helicóptero foi localizado por volta das nove horas da manhã e em seguida, um grupo que fazia as buscas desceu de rapel até o local do acidente. “Todos estão mortos”, confirmou o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da Polícia Militar de SP.

Vídeo flagra criaturas de 3 metros no litoral do Paraná; assista

As quatro vítimas da queda da aeronave eram uma mãe e sua filha, um amigo delas e o piloto. O helicóptero saiu da capital paulista e tinha como destino Ilhabela, no Litoral Norte do estado. A partir de agora, os trabalhos de investigação serão feitos pela Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com o comandante da PM, a aeronave não tinha caixa preta, nem possuía qualquer tipo de localizador.

“Nós checamos desde o começo. Não possui nenhum tipo de localizador, caixa preta…Essa aeronave não possuía nenhum recurso para localização”.

Sinal de celular auxiliou buscas

A identificação do sinal de celular dos passageiros pela Polícia Civil fez com que a PM conseguisse reduzir bruscamente a área de busca, de 5 mil quilômetros quadrados para um raio de 12 quilômetros.

“O que possibilitou diminuir essa área foi uma análise através da inteligência da polícia civil que eles poderiam estar naquele setor da estação de rádio-base de Paraibuna do km 54. Ontem até divulgaram uma imagem do helicóptero voando próximo ao 58/60. Isso veio a corroborar com o que nós já tínhamos, a região que a gente estava”, explicou o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira.

Delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil, Milton Clemente disse que no começo, a missão “era praticamente impossível e depois das informações, ela se tornou difícil”.

“Havia uma escassez de informação, existia um georreferenciamento em relação a uma antena, mas a gente não tinha os pontos suficientes para delimitar uma área mais precisa de busca. Isso foi feito através de voos específicos onde foi delimitando o range (alcance) e aí conseguiu separar por quadrante. Foi a partir desse refino na área de busca”, contou.

O delegado defendeu a importância de que aeronaves de pequeno porte tenham localizador. “Se todas as aeronaves, inclusive os helicópteros de pequeno porte, pudessem ter um localizador, uma caixa preta, isso facilitaria muito”.

Município paulista do Vale do Paraíba, Paraibuna fica a 120 quilômetros de distância do Campo de Marte, em São Paulo, local onde o helicóptero havia decolado. A região se situa a cerca de 80 quilômetros de Ilhabela, destino final do voo que terminou em tragédia.

12 dias de buscas

O helicóptero parou de fazer contatos desde dia 31 de dezembro, gerando uma busca que envolveu a Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros de São Paulo.

Duas aeronaves da FAB cumpriram mais de 135 horas de voo ao longo dos 12 dias de buscas, que teve área total de cinco mil quilômetros quadrados. Helicópteros da Polícia Militar e Polícia Civil também integraram a ação de buscas.

Os trabalhos se concentraram na região da Serra do Mar, entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte.

Cidades como Paraibuna, onde o helicóptero foi encontrado, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba foram sobrevoadas ao longo dos 12 dias de buscas.

Vítimas

As vítimas fatais do acidente são:

  • Luciana Rodzewics, de 45 anos
  • Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana)
  • Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia)
  • Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (piloto)

As vítimas eram moradoras da capital paulista. As duas eram autônomas moravam no bairro do Limão, que fica na Zona Norte de São Paulo.

As duas mulheres aceitaram o convite do amigo – também entre as vítimas – para fazer um passeio “bate-volta” em Ilhabela, na véspera do Ano Novo.

O local é bastante procurado por turistas para aproveitar o réveillon, contando com queima de fogos, shows e outras atrações.

Antes de desparecer, Letícia fez um vídeo de dentro do helicóptero mostrando que o tempo estava fechado.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/PM)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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