Compartilhe-nos
Homem que matou dois em ato antirracista é absolvido nos EUA – Folha de São Paulo – O jovem branco de 18 anos que atirou em três homens e matou dois deles durante uma manifestação antirracista em Kenosha, nos EUA, em agosto de 2020, foi considerado inocente de todas as acusações pelo júri nesta sexta-feira (19).
Kyle Rittenhouse foi julgado por homicídio e tentativa de homicídio por ter atirado em Joseph Rosenbaum, Anthony Huber e Gaige Grosskreutz —os dois primeiros morreram em decorrência dos ferimentos. À época, Rittenhouse tinha 17 anos.
O juiz do condado de Kenosha, Bruce Schroeder, disse ao júri para deliberar nesta terça sobre o veredito do caso, que opunha o argumento da promotoria de que Rittenhouse atirou de forma imprudente nos homens, sem justificativa, à afirmação do adolescente de que ele agiu em legítima defesa.
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Autor de biografia de Lula desabafa: ‘petistas estão me roubando’
LEIA: Ucrânia acusa Rússia de planejar invasão, mas não apresenta prova
LEIA: Deputada bolsonarista leva três assessores para a COP-26
LEIA: Guedes manda recado à Câmara e leva ‘passa-fora’ de Arthur Lira
Os atos em Kenosha, em Wisconsin, começaram após Jacob Blake, um homem negro, ser baleado pelas costas por um agente branco durante uma abordagem policial dois dias antes, em uma ação filmada por testemunhas. Três meses antes, George Floyd havia sido assassinado por um outro policial branco.
Rittenhouse morava em Antioch, no estado de Illinois, a cerca de 33 km de Kenosha. Ele cruzou a divisa até o estado vizinho em resposta ao chamado de grupos civis, formados majoritariamente por pessoas brancas, que se organizaram nas redes sociais para convocar ativistas contrários à pauta dos protestos.
Esses grupos alegavam proteger propriedades de saques e depredações durante as manifestações. Rittenhouse estava armado com um fuzil AR-15. Imagens gravadas por testemunhas registraram o momento em que manifestantes tentaram desarmá-lo após ele atirar em um deles. O adolescente então fez disparos à queima-roupa contra seus perseguidores, o que resultou em duas mortes.
Ao fazer sua defesa no tribunal, na última quarta (10), Rittenhouse chorou copiosamente. Segundo ele, os assassinatos foram um ato de legítima defesa. Ele disse que havia sido ameaçado duas vezes de morte por Joseph Rosenbaum, 36, e que estava em meio ao ato para proteger uma concessionária de carros usados junto com outros homens armados.
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Senado aprova modernização do Judiciário cearense; Cid Gomes foi relator
LEIA: Olavo de Carvalho é intimado pela PF e ‘foge’ do país
LEIA: Denúncia: Universal tirava ilegalmente US$ 120 milhões de Angola, dizem bispos
LEIA: EUA recebe pedido de extradição de blogueiro bolsonarista
O acusado também afirmou seu objetivo era oferecer ajuda médica a feridos —ainda que estivesse com um fuzil AR-15, de porte proibido para menores de 18 anos em Wisconsin. Questionado, ele respondeu que havia levado a arma para a sua proteção.
No entanto, para o promotor, o réu “estava procurando emoção” e “sabia que haveria violência naquela noite”. Ele afirmou que o acusado “causou o incidente” e que, de acordo com a lei vigente no estado de Wisconsin, “não se pode reivindicar legítima defesa contra um perigo que você próprio cria”
Um vídeo exibido na corte mostrou o momento em que Rittenhouse atirou quatro vezes em Rosenbaum. Na cena, é possível ver que, na hora dos tiros, o acusado era seguido pelo manifestante antirracista, mas, conforme noticiou o canal NBC News, o especialista forense Doug Kelley afirmou ao tribunal ter concluído que Rosenbaum não era uma ameaça naquele momento.
No final de outubro, o juiz determinou que a acusação não poderia se referir aos baleados como vítimas, porque, em sua visão, o termo está carregado de pré-julgamento.
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Guedes ironiza críticas de The Economist: “Estão errando todas”
LEIA: Ernesto Araújo detona governo Bolsonaro: “Virou base do Centrão”
LEIA: Presidente do PDT de SP descarta aliança com Haddad: “É conversa”
LEIA: CCJ da Câmara aprova desoneração da folha de pagamento até 2023
Em contrapartida, o promotor Thomas Binger pediu que a defesa de Rittenhouse também fosse proibida de descrever Rosenbaum, Huber e Grosskreutz como “desordeiros, saqueadores ou incendiários”.
Para ele, os termos são tão ou mais carregados de juízo de valor do que “vítimas” e deveriam ser banidos, porque não há evidências de que os baleados estavam cometendo crimes quando foram atingidos.
O juiz Schroeder negou o pedido, mas condicionou o uso dos adjetivos considerados pejorativos à apresentação de elementos que comprovassem as afirmações dos advogados do réu.
RECEBA NO SEU CELULAR AS NOTÍCIAS MAIS IMPORTANTES DO DIA
Guedes tem medo de apanhar no supermercado, dizem aliados
Embora tenha sido “salvo” pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes segue reclamando nos bastidores da articulação de integrantes da ala política do governo para derrubá-lo do cargo.
Leia a matéria completa aqui.
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Lideranças do PT temem que mercado derrube Lula para colocar Alckmin
LEIA: Grupo cola cartaz de ‘fome’ em Touro de Ouro inaugurado em SP
LEIA: STF abre inquérito por racismo contra Bia Kicis
LEIA: Censo 2022: MPF apura se governo Bolsonaro retirou questões LGBT
Bolsonaro e Valdemar brigam e filiação é suspensa: “VTNC você e seus filhos”
De acordo com O Antagonista, a intensa troca de mensagens que levou à suspensão da filiação de Jair Bolsonaro ao PL foi mais grave do que se pensava. O diálogo teria terminado com troca de ofensas de ambos os lados, com Valdemar Costa Neto deixando claro ao presidente quem manda e continuará mandando na legenda.
Leia a matéria completa aqui.
Veja mais notícias no BRI.