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Impasse com a PM ameaça ato bolsonarista – Matéria exclusiva do jornalista Matheus Lara no Estadão informa que a convocação de manifestações a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro para o mesmo dia e local em São Paulo vai levar a preparação para o 7 de Setembro à Justiça. A data tem sido aguardada com grande expectativa por apoiadores do presidente e é reivindicada por opositores.
Grupos antibolsonaristas, como Acredito, Povo Sem Medo, Central de Movimentos Populares (CMP), sindicatos e partidos de esquerda, entrarão com uma ação no Ministério Público para contestar e tentar impedir a realização do ato de apoiadores do presidente no Dia da Independência. A depender da decisão da Justiça, quem passaria a ter a permissão para ir à Avenida Paulista seriam justamente os opositores do presidente.
Organizadores do “Fora, Bolsonaro” alegam ser a vez deles no “rodízio” de atos marcados para a mesma data acertado com a Polícia Militar. A alternância acontece para cumprir decisão judicial que proíbe a realização de protestos antagônicos no mesmo dia. A regra que vale não é a de quem marcou o ato primeiro. Desde junho de 2020, o direito de ir às ruas está garantido ao grupo que não tenha se manifestado na última data com conflito de agendas.
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Versões
Os grupos contrários ao presidente dizem ter cedido aos bolsonaristas no dia 1° de Maio, a última data em que afirmam ter tido conflito de agendas antes deste 7 de setembro. Eles acusam a Polícia Militar de descumprir o acordo do rodízio.
Em ata da reunião entre o 11º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano e organizadores do ato na segunda, 16 de agosto, está registrado que a PM afirmou ter havido conflito de agendas também no dia 24 de julho e que naquela data a preferência teria sido dada aos grupos associados à esquerda. Deste modo, quem poderia ir às ruas em 7 de setembro seriam os bolsonaristas. Porém, de acordo com Marco Martins, liderança estadual do Acredito em São Paulo, e Raimundo Bonfim, da CMP, não houve disputa pelo espaço em 24 de julho.
A Coluna do Estadão não localizou convocação de atos da direita bolsonarista para 24 de julho. De acordo com a ata da reunião desta segunda, a polícia informou ter registrado um protocolo de sete dias antes a respeito de um ato de cunho religioso. Segundo Martins e Raimundo, teria sido um ato informado por um indivíduo, não um protesto organizado.
“É uma manobra para tirar a gente da rua. É o golpe para o ato do golpe”, diz Martins. “Não vamos desistir sem lutar. Nos próximos dias, vamos ao MP e vamos manter nosso ato contra o golpe até a última instância”.
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Convocação
Opositores do governo começaram a convocar publicamente sua militância em 30 de julho. Bolsonaristas falam em ir à Paulista no Dia da Independência desde 3 de agosto, puxados por influenciadores como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e Tomé Abduch, porta-voz do Nas Ruas. O movimento pretende levar a pauta do “voto eletrônico auditavel com contagem pública de votos” à manifestação.
“O NasRuas seguirá orientações da Polícia Militar”, diz Abduch. “Nossa pauta para a manifestação não é ideológica. Queremos mais segurança para que a população tenha a certeza que seu voto foi para candidato escolhido.
Carla afirmou que o ato agendado pela direita será pela “liberdade” e para reafirmar a independência do Brasil. “O NasRuas tem um papel histórico pois há 10 anos realiza o ato na Paulista no dia 7 de setembro”, disse sobre o movimento que fundou em 2011 e do qual se desligou em 2018.
“Dia 07/09, estaremos todos na Avenida Paulista, por uma Nova Independência!”, escreveu a deputada Carla Zambelli no Twitter.
A Coluna pediu à Polícia Militar os avisos de manifestação na Paulista registrados para o dia 7 de setembro, mas ainda não obteve retorno até 15h.
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