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Inflação desacelera em 2023 – O IBGE apontou nesta quinta-feira (11) que a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o acumulado de 2023 em 4,62%. Com o resultado, o índice encerra 2023 abaixo do teto de 4,75% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC).
O centro da meta de inflação era de 3,25% em 2023, com intervalo de tolerância era de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). O IPCA havia estourado o limite superior da meta nos dois anos anteriores, em 2022 (5,79%) e 2021 (10,06%).
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Analistas do mercado financeiro projetavam variação de 4,55% para o acumulado de 2023, ano que marcou o início do governo Lula (PT). No recorte mensal, o IPCA acelerou de 0,28% em novembro para 0,56% em dezembro, um pouco acima da expectativa de analistas, que esperavam taxa de 0,50% para o último mês do ano.
Ao longo do ano passado, o IPCA perdeu força com a baixa no preço dos alimentos, que sofreram uma disparada na inflação em meio aos reflexos da pandemia, da Guerra da Ucrânia e de choques climáticos. Além disso, o aumento da oferta de mercadorias a partir da ampliação da safra agrícola ajudou a frear os preços da comida. Também houve maior oferta de alimentos como carne e leite no país.
“A safra do ano passado foi muito boa. Melhorou a inflação e melhorou o PIB também”, afirma o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Projeções para 2024
A expectativa de analistas é de que o IPCA desacelere a 3,90% no acumulado do ano em 2024, conforme a mediana da edição mais recente do boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (08) pelo BC.
O centro da meta é de 3% em 2024, 2025 e 2026, sempre com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (4,50%) ou para menos (1,50%).
O cenário deste ano deve trazer alterações em relação a 2023 e uma das prováveis mudanças diz respeito aos alimentos, cujos preços tendem a subir em 2024 após a trégua no ano passado.
O principal fator por trás dessa estimativa é o El Niño, que eleva os riscos de estragos no campo. O fenômeno climático ameaça reduzir a oferta de alimentos, com eventual repasse para os preços finais.
Assim, a comida pode impedir uma desaceleração mais intensa do IPCA no acumulado de 2024.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)