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Inflação para abril deve ser a maior desde 1995 – O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), registrou alta de 1,73% em abril, após ficar em 0,95% em março. Essa é a maior variação para o mês de abril em 27 anos — desde 1995 —, quando o índice foi de 1,95%. O resultado também é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%).
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Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e da meta do BC (Banco Central) para a inflação neste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos —ou seja, variando entre 2% e 5%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Maiores responsáveis pelo aumento
Os preços no grupo de Transportes foram os que mais pesaram no IPCA-15 neste mês. O setor registrou alta de 3,43%, puxada, principalmente, pelo aumento no preço da gasolina, que teve alta de 7,51%.
A gasolina contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,48 p.p.), reflexo do reajuste no preço médio do combustível nas refinarias. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%).
O grupo de alimentos e bebidas foi o segundo que mais influenciou no resultado de abril, avançando 2,25%. O percentual foi registrado por conta do aumento no preço dos itens consumidos em domicílio, que foi de 3%.
Veja a seguir quais alimentos registraram as maiores altas:
Tomate: 26,17%
Cenoura: 15,02%
Leite longa vida: 12,21%
Óleo de soja: 11,47%
Batata inglesa: 9,86%
Pão francês: 4,36%
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, desacelerou em abril na comparação com o mês passado, quando o grupo teve alta de 0,52% — este mês o percentual de aumento foi de 0,28%. Enquanto isso, a refeição passou de 0,25% em março para 0,45% em abril. O lanche seguiu movimento inverso, passando de 0,92% para 0,07%.
Fonte: UOL
Ilustração: Reprodução