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EUA pedem cessar-fogo imediato em Gaza no Conselho de Segurança da ONU

Cessar-fogo imediato – Nesta quinta-feira (21), os Estados Unidos (EUA) apresentaram uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo uma trégua imediata dos bombardeios na Faixa de Gaza.

Isso ocorre após o próprio país vetar diversos pedidos de cessar-fogo em votações anteriores no Conselho da ONU. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Durante uma viagem à Arábia Saudita, Blinken disse em entrevista que a possibilidade de cessar-fogo imediato está ligada à liberação de reféns que estão sob poder do Hamas.

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“Acabamos de apresentar uma resolução perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela a um cessar-fogo imediato ligado à libertação de reféns. Claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender, de garantir que o 7 de Outubro nunca mais aconteça. Mas, ao mesmo tempo, é imperativo que nos concentremos nos civis que estão em perigo e que sofrem tão terrivelmente”, declarou Blinken.

No entanto, ainda não há previsão para que a nova proposta de resolução seja votada entre os membros do Conselho de Segurança da ONU. Na entrevista desta quinta, Blinken afirmou que os EUA trabalham em conjunto com Egito e o Catar para efetivar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, com a libertação de reféns.

Mudança de postura

A fala de Blinken consolida uma mudança de postura dos EUA em relação à invasão de Gaza pelo exército de Israel. O país norte-americano é um dos cinco países que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e já barraram algumas propostas de cessar-fogo.

Em outubro, os EUA vetaram a proposta de resolução feita pelo Brasil, então na presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. A resolução, que seria a primeira manifestação formal do órgão sobre a questão, já não mencionava um pedido de cessar-fogo, uma imposição do governo norte-americano. Ainda assim, os EUA vetaram a proposta alegando que o documento não mencionava o “direito de defesa” de Israel.

A intenção de apresentar uma resolução no Conselho de Segurança na ONU propondo a interrupção do conflito no território palestino começou a ser ventilada em fevereiro. Nas últimas semanas, o governo de Joe Biden vem mudando o tom em relação ao conflito. Biden tem mostrado preocupação publicamente com o grande número de civis mortos no território palestino.

Operação em Rafah gera preocupação

No início de março, o presidente norte-americano chegou a dizer que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está “prejudicando mais do que ajudando” Israel com a postura na Faixa de Gaza.

“Ele tem o direito de defender Israel, o direito de continuar perseguindo o Hamas, mas ele precisa prestar mais atenção às vidas inocentes que estão sendo perdidas como consequência das ações tomadas”, disse.

Uma possível operação de Israel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão alojados, causa apreensão na comunidade internacional. Nesta terça-feira (19), Netanyahu rejeitou um pedido de Biden para cancelar os planos de um ataque terrestre em Rafah.

O premiê afirmou que deixou claro ao presidente dos Estados Unidos que está determinado a concluir a eliminação de batalhões do Hamas na região, independentemente de quantos civis morrerem no dito “fogo cruzado”.

Quase 50 mil pessoas já morrem na Faixa de Gaza desde a invasão de Israel, após o ataque do Hamas na fronteira de Israel, em 7 de outubro. Estima-se que a maioria das mortes sejam de mulheres e crianças.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/Agência Brasil/Reuters)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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