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Jovem planejava ataque a escola no RS – Nesta terça-feira (11), um adolescente de 14 anos foi apreendido por suspeita de planejar um ataque a uma escola no litoral norte do Rio Grande do Sul.
A operação foi feita por agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil, e policiais militares do 8º Batalhão da Brigada Militar em Maquiné, município de aproximadamente 6.700 habitantes.
Na manhã desta terça-feira (11), três alunos ficaram feridos após um ataque em um colégio estadual na cidade de Santa Tereza de Goiás, no norte do estado.
Os pais do menino foram presos em flagrante por apologia do nazismo e associação criminosa em razão do volume de material com conteúdo neonazista encontrado na residência da família.
Os três foram encaminhados à delegacia de Capão da Canoa (RS) e os adultos devem passar por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (12).
Ainda nesta quarta, o Ministério Público deverá se pronunciar à Justiça sobre uma possível internação do adolescente. Ele foi apreendido por ato infracional análogo a terrorismo.
A identidade de todos os envolvidos é preservada pela Polícia Civil em respeito ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Ligação no Paraná
A Polícia Civil do RS foi alertada por colegas da corporação no Paraná a partir da apreensão de outro adolescente, também na terça.
Investigando o material encontrado com o paranaense, os agentes descobriram a ligação com o gaúcho.
Segundo a polícia, havia a suspeita de que, ao saber da notícia da prisão do adolescente do Paraná, o estudante gaúcho antecipasse um possível ataque para esta quarta.
Entre os objetos encontrados na casa estão capacete, luvas, botas, roupa blindada, um cutelo, facas, canivetes, uma soqueira e simulacros de armas de fogo. Havia também uma balaclava com estampa semelhante à utilizada em outros ataques a escolas.
A polícia acredita que o adolescente planejava atacar a escola em que estava matriculado, em Maquiné.
Nazismo
Na casa da família, a polícia encontrou bandeiras nazistas e imagens de Adolf Hitler e de Benito Mussolini.
A quantidade do material e o fato de ele não estar escondido levou os agentes suspeitar de que os pais fossem coniventes com a prática de nazismo do filho.
Em menos de dez dias, o Brasil teve duas escolas atacadas, em São Paulo e em Blumenau (SC).
Cinco pessoas morreram, sendo quatro crianças e uma professora de 71 anos.
Os massacres se somam a outros oito que foram registrados no país desde agosto de 2022, o que acendeu o alerta de especialistas e de autoridades de segurança pública e educação.
Na segunda (10), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que pretende acionar a Polícia Federal e tomar outras providências contra redes sociais e plataformas digitais que não ajudarem a combater ameaças contra escolas.
Além disso, cobrou que as empresas criem canais abertos e velozes de atendimento às polícias.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Divulgação/Polícia Civil RS)