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Líder do governo Bolsonaro no Senado entrega o cargo – O Antagonista – O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), acaba de anunciar que entregou o cargo de líder do governo Bolsonaro no Senado.
“Entreguei nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. Formalizei o pedido ao presidente Jair Bolsonaro a quem agradeço a confiança no exercício da função”, escreveu no Twitter.
Na noite de ontem, Bezerra ficou em terceiro lugar na disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele recebeu somente sete votos — Antonio Anastasia (PSD) foi eleito com 52 votos; Kátia Abreu (PP) ficou em segundo, com 19 votos.
O governo não abraçou a candidatura de Bezerra e, pelo contrário, agiu para atrapalhá-la. Ciro Nogueira (PP), por exemplo, ministro-chefe da Casa Civil, atuou em favor de sua correligionária Kátia, também derrotada.
Na tarde de ontem, O Antagonista ouviu nos bastidores do Senado que Bezerra poderia acabar desistindo de concorrer à vaga no TCU, convencido por Renan Calheiros (MDB), que também apoiava Kátia. Ele refutou a possibilidade de abrir mão da candidatura e disse a este site:
“Vou ganhar a eleição! Estou muito confiante! Tem mais de uma semana que não falo com Renan!”
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Antes, pedindo reserva, um senador já havia avisado a O Antagonista: “Estou com dó do Bezerra, porque muita gente tem garantido voto nele, mas não vai se confirmar”.
O que se dizia era que Bezerra estava animado para a disputa depois de ter ajudado a garantir a aprovação da indicação de André Mendonça ao STF. O atual mandato do senador terminará no ano que vem, o que contribuiu para ele apostar tão alto na vaga no TCU.
Ainda na noite de ontem, após o resultado decepcionante para Bezerra, senadores e também deputados diziam entre si que o líder do governo perdera as condições de permanecer no cargo.
Um senador comentou, em reservado:
“O governo trabalhou contra a tentativa de Bezerra de chegar ao TCU. Ele precisava mesmo repensar. O governo Bolsonaro só tem conseguido emplacar alguma coisa no Senado graças à habilidade do Bezerra. Ontem à noite, ele saiu destroçado do plenário. A feição dele era muito clara quanto a isso. Ele realmente não entendeu o resultado. O que fica evidente é que o governo Bolsonaro não quer o Bezerra e não quer o MDB.”
O líder do governo Bolsonaro no Congresso ainda é do MDB: o senador Eduardo Gomes, de Tocantins.
Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
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Antonio Neto: “Reforma trabalhista foi tragédia anunciada”
“As alterações em mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, foram um ataque sem precedentes aos trabalhadores brasileiros.
Quatro anos após a aprovação da nefasta proposta, o Supremo Tribunal Federal segue julgando suas inúmeras inconstitucionalidades. Duas das alterações mais cruéis já foram derrubadas pelo STF: a permissão para a mulher grávida trabalhar em local insalubre e os empecilhos para o acesso à Justiça gratuita.
O Supremo ainda se manifestará sobre temas importantes, como o teto indenizatório em ações trabalhistas, o trabalho intermitente, o tal acordado sobre legislado e o fim da ultratividade, entre outros temas.”
Leia a matéria completa aqui.
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