Lideranças políticas defendem Lupi – Lideranças políticas de diversos partidos saíram em defesa do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e da redução de juros dos empréstimos consignados do INSS.
Após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) diminuir o teto da taxa de juros para a modalidade de 2,14% para 1,7% ao mês, bancos privados – e na sequência, públicos – anunciaram a suspensão da concessão de empréstimos nesta modalidade.
Quando ficou sabendo da proposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ligou para Lupi tentando fazê-lo desistir da redução dos juros. Na sequência, o presidente Lula (PT) “cobrou” ministros e demonstrou irritação com seus comandados.
Diversos personalidades do mundo político saíram em defesa de Lupi e da redução, como Juliano Medeiros (PSOL), Roberto Requião (PT), Jones Manoel (PCB), Eduardo Moreira, José Luiz Datena, entre outras lideranças.
Editorial: Irritação do governo com redução nos juros do consignado é um acinte
Presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros foi às redes sociais prestar solidariedade a Lupi e defender a redução efetivada pelo CNPS.
“A resposta dos bancos – cancelando a oferta dos consignados – só mostra que a luta travada pelo governo para proteger quem mais precisa encontrará muitos obstáculos”, escreveu Medeiros em uma postagem no Instagram, onde aparece ao lado de Lupi.
“Saúdo a coragem do meu amigo Lupi e manifesto meu apoio à decisão de enfrentar o sistema financeiro!”, acrescentou.
O ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), cobrou de Lula apoio à decisão de reduzir os juros do consignado do INSS.
“Presidente Lula, prestigie o ministro Carlos Lupi, ele está absolutamente certo reduzindo juros do empréstimo consignado!”, escreveu, no Twitter.
Candidato a governador de Pernambuco nas últimas eleições, o historiador Jones Manoel (PCB) também fez coro ao enfrentamento dos juros abusivos cobrados no país.
“Se a decisão de baixar os juros não for mantida e defendida pelo Governo Lula, fica claro, explícito, que Lula atua como palestrante dando boas ideias do que seria um Governo de esquerda, mas os ministros estão proibidos de tentar tornar essas ideias realidade”, apontou.
“Se a baixa de juros não for mantida (ou Lupi for demitido), é esse governo dizendo: aqui não terá nenhuma luta”, acrescentou.
No PDT, os deputados federais Pompeo de Mattos (RS) e André Figueiredo (CE) também se manifestaram.
“Empréstimos consignados para aposentados estavam com juros extorsivos. A decisão do Conselho da Previdência, ministro Carlos Lupi, em reduzir a taxa é mais do que acertada. E nós não vamos ceder à chantagem dos bancos”, disse Pompeo em suas redes sociais.
Já André Figueiredo repudiou a decisão dos bancos públicos – Caixa Econômica e Banco do Brasil – de aderirem ao boicote promovido pelos bancos privados.
“Precisamos repensar o papel dos nossos bancos públicos para que eles atuem a serviço do país, sobretudo da população mais hipossuficiente, como são os aposentados do INSS. Todo apoio ao Ministro Carlos Lupi”, defendeu.
Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do PDT da capital paulista, Antonio Neto assina nota conjunta de oito centrais sindicais, no qual repudiam o boicote dos bancos à redução de juros.
“O que querem é uma margem de lucro escorchante às custas do povo para poder especular fora do país e contra os interesses da maioria dos brasileiros. Não podemos ceder a essa chantagem! Mobilização popular já!”, escreveu em suas redes sociais.
As centrais sindicais convocaram uma manifestação contra os juros abusivos para a próxima terça-feira (21), em São Paulo.
O ato será realizado em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, coração da capital paulista, às 10h.
(Foto: Montagem/Reprodução)
