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Lula impõe Haddad em SP e dá recado a Boulos e França, diz jornal

Lula impõe Haddad em SPFolha de S. Paulo – Em meio a impasses sobre a eleição paulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem repetido em reuniões privadas que vê pela primeira vez uma chance real de o PT ganhar a disputa pelo Governo de São Paulo, com Fernando Haddad (PT).

A afirmação foi feita por Lula em reuniões nesta semana com petistas e políticos de outros partidos, inclusive de fora do estado.

Em uma dessas ocasiões, segundo relatos, o ex-presidente avaliou que vê o cenário propício para a eleição do PT e elencou algumas razões.

Diante desse cenário, Lula tem batido o pé na escolha de seu ex-ministro da Educação para disputar o Palácio dos Bandeirantes e enviado recados a políticos da esquerda que buscam o mesmo posto.

Principalmente, Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB).

Além de Haddad ter pontuado bem nas últimas pesquisas de intenção de voto, Lula afirmou que a aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) em âmbito nacional impulsionará a candidatura do ex-prefeito de São Paulo.

O petista disse acreditar que o gesto configura um aceno a setores de centro e centro-direita e que isso impactará positivamente a campanha de Haddad.

Alckmin, no PSDB, foi governador de São Paulo quatro vezes.

A expectativa no PT é que o ex-governador paulista também trabalhe pela eleição de Haddad, caso ele venha a ser candidato a vice-presidente ao lado de Lula.

Quando Haddad fora prefeito, havia uma boa interlocução entre o petista e o ex-tucano, à época governador.

‘Herdeiro’ de Alckmin

Nesse cenário, Lula ainda tentaria herdar uma parte dos votos que outrora iriam para Alckmin, que se desfiliou do PSDB no final do ano passado.

Outra razão seria a rejeição do governador João Doria (PSDB-SP) no estado, que respingaria no seu vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB-SP), que tentará sucedê-lo no Palácio dos Bandeirantes.

Doria foi eleito prefeito de São Paulo em 2016, em primeiro turno, com forte apoio de Alckmin.

Em 2018, após pouco mais de um ano à frente do comando da cidade, candidatou-se a governador para suceder o padrinho político no Palácio dos Bandeirantes.

Alckmin naquele mesmo ano ficou em quarto lugar —pior desempenho de um tucano em disputa presidencial. Desde então, Doria vinha se articulando para ser o candidato do PSDB ao Planalto, escanteando Alckmin.

No fim de 2021, venceu as prévias do partido contra Eduardo Leite (PSDB-RS).

Escolhido no PSDB, Doria enfrenta resistência no eleitorado de São Paulo. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro do ano passado, ele tem rejeição de 38% dos paulistas e aprovação de 24%.

De acordo com o mesmo levantamento, na corrida pelo Bandeirantes, Geraldo Alckmin teria 28% das intenções de voto, seguido por Haddad, com 19%, França (PSB), com 13%, e Boulos (PSOL), com 10%.

Sem Alckmin na disputa e com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP), que aparece com 6% das intenções de voto, Haddad sobe de 19% para 28% dos entrevistados que declaram o propósito de votar nele.

Já França, ex-vice-governador de Alckmin, cresce de 13% para 19% em um cenário. Boulos passa de 10% para até 18%.

Haddad e França se reúnem para debater chapa Lula-Alckmin

​Os tucanos governam São Paulo desde 1995, quando Mário Covas venceu a eleição do estado pela primeira vez, em 1994. Alckmin, por exemplo, foi eleito em primeiro turno em 2014.

Desde então, o PT já brigou pelo governo algumas vezes, a última delas, em 2018, com Luiz Marinho (PT-SP), que terminou a corrida com 12,66% das intenções de voto.

Lula tenta uma costura em São Paulo para que o PSB abra mão de lançar França, e o PSOL, de lançar Boulos, para unir os candidatos tidos mais à esquerda em uma chapa só.

“O PSB diz que tem o Márcio França. Em algum momento se faz uma avaliação para ver quem tem mais chances. Se for o Márcio França, vamos discutir com ele. Mas eu acho, com toda modéstia, que o PT nunca esteve tão próximo de ganhar o governo do estado, como está agora”, disse Lula em entrevista a sites de esquerda no mês passado.

Depois disso, o ex-presidente voltou a afirmar, em reunião com integrantes de outros partidos nesta semana, que o integrante do PSB seria um bom candidato ao Senado.

França, porém, tem rechaçado essa possibilidade e diz que não abrirá mão de se candidatar ao governo do estado. Na eleição passada, ele disputou o segundo turno com Doria e, na capital, teve mais votos do que o ex-prefeito Doria.

O PSB conversa para formar uma federação com o PT. E São Paulo é considerado o estado mais complicado da negociação, representando um impasse na união dos partidos.

Em outra frente, o PT também quer que Boulos abra mão de disputar o governo. Setores do PT defendem que o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se candidate a deputado federal.

Na terça, Lula encontrou Boulos

Na reunião, porém, os dois não trataram do cenário paulista.

Essa discussão será travada em encontro a ser marcado nas próximas semanas com a presença de integrantes da direção partidária tanto do PT como do PSOL.

Petistas avaliam que, além de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, a qual teria chances de vencer, Boulos também deve fazer um acordo para que o PT o apoie na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024 e ter um cargo num eventual governo de Lula.

Em 2020, Boulos ocupou o espaço da esquerda, antes monopolizado pelo PT, e como candidato do PSOL chegou ao segundo turno da eleição, quando foi derrotado por Bruno Covas (PSDB).

Dirigentes do PSOL, hoje, rechaçam a hipótese de retirar Boulos da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, embora admitam conversar com o PT a respeito da eleição paulista.

Foto: Reprodução

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PTB foi oferecido ao PL de Valdemar por R$ 30 mi, diz reportagem

Reportagem exclusiva da revista Crusoé publicada na noite desta quarta-feira (02) denuncia uma negociata para ‘vender’ o PTB e ao PL de Valdemar Costa Neto por R$ 30 milhões.

A reportagem tem caráter bombástico e pode ‘implodir’ o bolsonarismo em plano ano eleitoral.

Uma aliada de Roberto Jefferson, Nayara Soares, denunciou a oferta milionária para vender seu partido a Valdemar Costa Neto.

Leia a matéria completa aqui.

PDT e PSD selam aliança para o governo do RJ; PT liga alerta

Está confirmada uma aliança entre o PDT de Ciro Gomes e o PSD do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para as eleições do fim do ano.

A informação foi confirmada tanto pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, quanto por Paes no fim da noite desta quarta-feira (02).

“Decidimos aqui hoje que PDT e PSD vão caminhar juntos na eleição pro governo do Estado. Não estamos falando de nomes. Temos dois belos nomes nessa aliança. Vinha conversando com o Lupi e ambos entendíamos, e os nossos candidatos também, que a gente precisava apresentar uma candidatura no estado do Rio de Janeiro que pudesse enfrentar os desafios que o estado tem diante de si”, afirmou Paes ao jornal O Globo.

O mandatário pedetista anunciou em suas redes sociais que após reunião, “decidimos caminhar juntos nas eleições para o governo do Rio neste ano”.

Lupi disse que não há um nome imposto para encabeçar a chapa e que isso será decidido em breve.

“O nome para encabeçar esta chapa será decidido em conjunto mais a frente, estamos juntos na luta por um Rio Melhor”

Leia a matéria completa aqui.

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Por Redação

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