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Mara Gabrilli vai para o PSD – A senadora Mara Gabrilli (SP) decidiu deixar o PSDB após 19 anos de militância e anunciou sua ida ao PSD, sem poupar críticas aos tucanos.
O PSDB seria não apenas um partido com bancadas irrisórias perto do que já teve no passado, mas um “nanico moral”.
A parlamentar vai se filiar ao PSD de Gilberto Kassab e fazer parte da base do governo Lula (PT) no Congresso Nacional.
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“Nunca nem pensei em me filiar a outro, sempre fui do PSDB. Todas as minhas inspirações não estão mais próximas do cotidiano do partido”, disse ao jornal Folha de S. Paulo, neste domingo (29).
Com a saída, o PSDB têm agora 3 senadores e 13 deputados federais.
Gabrilli vai integrar agora a maior bancada no Senado, que com a adição dela e de Eliziane Gama (Cidadania-MA) chega a 15 nomes e ultrapassa o PL, que tem 13 senadores.
O fato fortalece a campanha de reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência da Casa, que enfrenta principalmente Rogério Marinho (PL-RN) na próxima quarta-feira (01).
Críticas ao PSDB
Gabrilli diz “levar muito amor e gratidão” pelo trabalho no PSDB, mas não poupa a direção que acaba de cair da sigla, que era comandada por Bruno Araújo (PE).
“Já tive vários contratempos. Depois da última eleição, eu fiquei bastante decepcionada com a forma com que o partido fez a distribuição dos recursos para mulheres. Vi candidatas desistindo”, afirmou.
Ela credita isso tanto ao machismo estrutural da política quanto à centralização da distribuição de recursos por Araújo.
“O partido deu uma bela de uma encolhida. E eu sempre defendi manter postura independente, não acredito no quanto pior, melhor. Sempre fui oposição, mas construindo. Aí o Bruno diz que seríamos oposição”, afirmou.
Outro lado
Araújo respondeu à senadora após a publicação da entrevista pela Folha e disse que Gabrilli entra em verdadeira contradição com sua história ao “passar a fazer parte da base de apoio do PT”.
O dirigente afirma que a ex-tucana tem direito de falar o que quiser da administração do PSDB, mas que não pode se queixar de recursos recebidos.
“Apenas nas últimas eleições recebeu milhões para sua fazer campanha de ‘vice’ [de Simone Tebet, MDB]”, diz.
O PSD está na base de Lula, com três ministérios, ao mesmo tempo em que é central no governo nominalmente de oposição de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Sobre ser base de Lula após anos atuando na oposição ao PT, a senadora se mostrou tranquila.
“Estou confortável comigo mesma. O Brasil sabe dos meus embates com o PT e com o Lula. Mas estamos num momento em que precisamos de pacificação. Não interessa o que eu sinto ou não pelo Lula. Sempre me relacionei bem com todos os partidos no Congresso”, disse.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Divulgação)