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A médica cardiologista do Incor, Ludhmila Hajjar, que negou convite de Bolsonaro para ser ministra da Saúde do governo, concede entrevista ao vivo na Globonews, neste momento, e não poupou o governo de críticas pela gestão frente a pandemia de Covid no país.
“Ou o governo muda sua forma de ver a pandemia ou teremos um número muito maior de mortes do que já temos até agora.”, alertou.
Ludhmila Hajjar frisou que quem assumir o ministério precisará ter autonomia para trabalhar no combate à pandemia de corornavírus. “O cenário do Brasil é bastante sombrio. Esses 2000 mortos por dia não representam a totalidade. Muito deles saem “vivos” mas sem andar, sem comer e nós não estamos atendendo eles. Os números de morbidade no Brasil são bem maiores”, pontuou.
“Quais os protocolos que o Ministério da Saúde tem sobre intubação? Sobre tratamento de pessoas internadas?”, indagou a médica, completando: “estamos discutindo ivermectina, cloroquina, isso é coisa do passado a ciência já deu a resposta. Quantas pessoas não morreram por que foram entubadas de maneira errada e não há um protocolo do ministério?”.
A cardiologista ainda denunciou ter sofrido uma campanha de difamação na internet. “Vazaram meu número de celular, criaram perfis falsos, recebi ameaças de morte e meus pais também!”, lamentou.
Hajjar disse que o principal motivo pela negativa ao convite recebido foi a “falta de convergência entre eu e o presidente”.
“Não houve mudança de posição do presidente nós últimos dias. A preocupação dele é de não ter gente trabalhando na rua”, explicou a médica, que revelou que tentaram invadir o hotel onde estava hospedada.
“Fui agredida, ameaçada de morte, tentaram invadir o hotel que eu estava”, se indignou, lembrando que seu foco é cuidar de seus pacientes e ficar “à disposição do Brasil”.