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Bolsonaro ameaça aliados – A coluna de Daniel Cesar no site Último Segundo informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não parece disposto a assumir a responsabilidade de possíveis crimes, caso venha a ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o jornalista, Bolsonaro avisou aliados que, caso ‘caia’, pode fechar um acordo de delação premiada e entregar todo mundo.
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Não está claro sobre o que o ex-presidente se refere, mas o recado caiu como uma bomba entre os bolsonaristas.
Uma fonte afirmou à coluna que a declaração de Bolsonaro ocorreu na semana passada, pouco depois do imbróglio envolvendo a falsificação da carteira de vacinação – quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).
“Ele deixou claro que se for preso, mais gente vai cair junto porque não vai segurar o rojão sozinho”, confirma um parlamentar que faz parte do núcleo duro do bolsonarismo.
Valdemar, presente
A ameaça teria ocorrido num grupo de mensagens que tinha deputados, senadores e até o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
A fonte afirma que o clima pesou no mesmo instante em que Bolsonaro deu seu ‘rompante’.
O temor dos bastidores é de que o ex-presidente faça denúncias contra aliados para tentar se livrar da prisão e proteger membros das Forças Armadas.
“Os militares estão a salvo porque o Bolsonaro é fiel à caserna e não entregaria nenhum deles. Mas deputados, senadores e ex-ministros estão com as barbas de molho”, garante a fonte, só conversou com o colunista sob a condição de sigilo.
‘Calor do momento’
Já parlamentares mais próximos de Bolsonaro opinam que a ameaça não foi para valer. A avaliação é de que a ameaça ocorreu no calor do momento e com o ex-presidente sob pressão.
Além disso, existe a intepretação de que o discurso aconteceu como forma de pressionar os aliados a se movimentarem para protegê-lo e impedir a prisão.
O risco de ser preso existe e até o próprio Bolsonaro já deixou claro o temor.
Nos corredores de Brasília, ninguém acredita que uma eventual ordem de prisão viria de uma decisão monocrática de Alexandre de Moraes ou de qualquer ministro da Corte, mas sim de uma decisão colegiada.
(Com informações de Daniel Cesar em Último Segundo)
(Foto: Alan Santos/PR)