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Mercosul e Singapura fecham acordo de livre comércio – Os países do Mercosul chegaram a um acordo com Singapura para criar uma área de livre comércio entre o bloco econômico e o país asiático. O acordo é o primeiro entre o grupo sul-americano e um país do Sudeste Asiático.
O acerto permitirá a ambos ampliar os fluxos comerciais, ter maior previsibilidade e melhores condições para a ampliação de investimentos. Segundo a Globo News, fontes envolvidas nas negociações afirmam que o acordo será anunciado no dia 7 de dezembro, na cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.
No entanto, o acerto ainda terá que ser ratificado pelo Legislativo dos países incluídos para entrar em vigor. Singapura é um dos maiores investidores do Brasil por meio de fundos soberanos, sobretudo em saneamento e infraestrutura.
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Segundo diplomatas brasileiros ouvidos pela Globo News, o governo eleito de Javier Milei na Argentina sinalizou que não pretende se opor ao acordo. Antes de ser eleito, Milei chegou a dizer que o país deixaria o Mercosul caso vencesse as eleições argentinas.
O acordo reforça o compromisso do Mercosul e de Singapura em aprofundar seu relacionamento comercial, além de abrir portas para novas oportunidades para as empresas. Em abril, Vivian Balakrishnan, ministro dos Negócios Estrangeiros da República de Singapura, esteve em Brasília e se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para conversar sobre o acordo.
Balakrishnan também teve encontros com vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
As tratativas envolveram centenas de negociadores e especialistas do Mercosul e de Singapura, em diferentes grupos técnicos. Só em 2021 o intercâmbio comercial entre o bloco e o país do sudeste asiático beirou os 7 bilhões de dólares.
Entre os principais produtos de exportação do Mercosul estão produtos avícolas, ligas ferroviárias, carne suína e bovina e minerais de ferro, enquanto os principais produtos de importação do bloco são inseticidas, circuitos integrados, medicamentos e embarcações.
(Com informações da Globo News)
(Foto: Reprodução)